sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Balanço de 2014



É gente... mais um ano se foi! E como passou rápido! Isso me faz ter cada dia mais certeza do que importa de verdade na vida, pelo menos pra mim. Encerro o ano feliz! Muita coisa aconteceu, muita coisa mudou. Dentro e fora de mim. Alguns momentos bastante difíceis, mas sem dúvida foi um ano de muito crescimento. Me sinto cada vez mais madura e no caminho certo - afinal, se a felicidade é um caminho, tenho percorrido o meu de maneira bastante satisfatória em alguns sentidos :D

Como fiz ano passado (Resoluções de ano novo?!), este ano também vou analisar cada um dos objetivos que tracei antes de traçar novos:
  • "Formar" - sim, formei! A colação será em janeiro, mas falta apenas isso e também já passei na OAB \o/
  • "Fazer uma boa monografia" - eu gostei muito de escrever e considero que minha monografia ficou boa. Fora que não poderia ser mais atual: falei sobre a Lei de Anistia justamente no ano em que o Golpe Militar completou 50 anos!
  • "Estudar uma outra língua" - é... não foi dessa vez. E concluí recentemente que fico nervosa quando falo inglês com nativos, então preciso melhorar minha confiança com o inglês antes de partir pra próxima língua.
  • "Viajar" - não foi tanto quanto gostaria, estou precisando mesmo de uma viagem diferente (mas esse ano peguei minha primeira carona \o/ Fui pra Petrópolis - que é perto-, mas mesmo assim foi muito massa! Quero mais!)
  • "Ler, ler, ler" - isso nem preciso comentar, li bastante esse ano, mas quero aumentar ainda mais.
  • "Estudar fotografia" - infelizmente me distanciei um pouco. Continuo apaixonada por essa arte e por isso decidi vender minha câmera e comprar uma menor pra andar com ela na bolsa e não perder nenhum clique! A Lisbela tem ficado muito guardada e não faz sentido manter um objeto - por melhor que ele seja ou por mais que gostemos dele - se não o utilizamos devidamente.
  • "Poupar" - isso até que é fácil pra mim, já que cada dia mais eu tenho preguiça de comprar. Sempre penso 10 vezes antes de gastar meu dinheiro com coisas que não preciso).
  • "Continuar me dedicando aos relacionamentos, cultivar amizades etc" - isso já é algo que faz parte de mim e do que quero pra minha vida. 
  • "Continuar com o yoga e a corrida, talvez fazer uma outra coisa" - Com o yoga eu continuei. Infelizmente não com a corrida. Mas comecei a fazer natação e não poderia ter escolhido um esporte melhor pra mim!
  • "Continuar minimalizando" - as vezes me sinto um peixe fora d'água nessa sociedade consumista louca... Sinto que o minimalismo vai ser sempre uma base forte a me guiar pela vida.
  • "Preparar surpresinhas para esse bloguinho que tanto amo" - embora eu tenha negligenciado um pouco o blog nesse último mês e meio, o ano de maneira geral foi bom. Inclusive criei uma página no facebook (Miscelânea)
  • "Me tornar uma pessoa melhor" - bom, como já disse ano passado, este é um objetivo de vida e vou estar sempre buscando isso. 
  • "Um ano sem compras" - durou uns 6 meses. Mas eu não desisti porque caí em tentação. Desisti porque não era um desafio tão difícil pra mim. Quem faz isso, pelo que vejo, geralmente tem problemas pra controlar o ímpeto de comprar. Eu não sou assim. Felizmente. Gosto muito da forma como lido com isso: sempre que vejo algo que quero muito, não compro; se ficar na minha cabeça martelando por dias eu volto e, se ainda estiver na loja, compro. Em geral, eu perco a vontade. Ou seja, funciona bastante bem hahahah
Colocando tudo na balança, parece que me saí relativamente bem. Algumas coisas mudaram ao longo do ano e, com isso, alguns objetivos também. Mas gosto de pensar que não faço resoluções fechadas. Elas servem mais como um norte, me fazem pensar como tenho vivido meus dias e se estou no caminho que gostaria de estar. O que importa mesmo é que estou feliz com o meu ano. 

As resoluções de 2015 ficam para o próximo post, que virá em breve :)

domingo, 16 de novembro de 2014

Falta de tempo?!


Esta semana tomei uma decisão importante: não alego mais falta de tempo pra ninguém a não ser que seja estritamente necessário. Sei que já escrevi sobre isso outras vezes, mas nessa sociedade tão rápida e em que o que vale é estar sempre ocupado, nunca é demais lembrar que o que importa mesmo na vida são as pessoas. 

Todo mundo está tão preocupado em parecer ocupado e demandado o tempo inteiro que esquecem de olhar o outro. Sinceramente? Eu não acho que seja falta de tempo. É tudo questão do que priorizamos e do que não nos importa tanto. Não sou dessas que fala que se uma pessoa não te procura ou não tem tempo pra você significa que ela não se importa com você. Não necessariamente. Pode até ser que se importe. Mas se a moda do momento é estar sempre com a agenda cheia, muita gente se inclina a isso como se fosse o certo a fazer. Essas pessoas podem não ter se esquecido só de você. Muitas vezes elas também se esqueceram de si mesmas.

Sabem, carreira é importante, ser bem sucedido, construir a vida que se deseja. Mas o que importa de verdade na vida não é nada disso. Quando você morrer ou estiver quase morrendo, nada disso vai ser relevante. É por isso que disse diversas vezes e repito: o que importa na vida são as pessoas, são as relações que construímos com o outro. 

Acredito que cada um de nós está no mundo para ser feliz. Não acredito que a felicidade não seja deste mundo. Acredito que ela é. Mas o problema é que a maioria busca nos lugares errados: busca nas coisas, no ter. Quando na verdade a felicidade estar em ser: está dentro de cada um. E não nos esqueçamos que o outro deve estar dentro da gente. É por isso que além de dentro de nós, ela está no outro: em amar o outro, em construir relações felizes em todos os âmbitos. 

O mundo é um lugar incrível! Quando você interioriza isso em cada cantinho é possível encontrar felicidade. Em cada pequeno ser da natureza, porque o outro não é só o humano. Tudo o que existe na natureza é de uma beleza e perfeição indescritíveis. Talvez se olharmos mais para isso, se deixarmos a falta de tempo de lado e nos tornarmos pessoas observadoras e que se importam com o outro (no sentido mais amplo possível), possamos ser cada dia mais felizes - e sem nos importarmos tanto com as coisas materiais (lógico que existe um "mínimo existencial", mas qualquer coisa além disso é um tanto desnecessária - taí um assunto pra outro post). 

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

E 2014 está chegando ao fim... :)


A trilha sonora do dia hoje definitivamente é “Happy”! Especialmente essa versão do Walk Off The Earth – eles são fodas! Sabe aqueles dias em que você pára pra refletir sobre a vida e conclui que tem muito porque ser grata? Estou me sentindo assim. Muitas reflexões sendo feitas nesses últimos dias e muitas conclusões positivas. Essa sensação deve ser uma das melhores do mundo! Gostaria de compartilhar com vocês para inspirá-los a refletir também!

Em primeiro lugar, a faculdade está chegando ao fim. Minha banca de monografia foi marcada (hoje! :D) para o dia 11/12/2014. Ou seja, depois de 6 anos de faculdade, eu vou formar. E sinto que vou formar no momento mais certo possível. Me sinto preparada pra qualquer desafio que vier. Além disso, sinto que aproveitei esses 6 anos da melhor forma possível! Academicamente falando, eu fiz o que senti que deveria fazer em cada momento: quando quis fazer menos matérias, fiz; quando quis fazer fotografia instrumental na faculdade de artes, fiz; quando quis puxar matéria nas ciências sociais, assim o fiz; quando quis matar aula, matei – porque também faz parte! –; quando quis me dedicar mais do que o estritamente necessário me dediquei. E mais, fora da academia eu vivi tudo que senti necessidade de viver em cada segundo! Fiz intercâmbio, me virei, cresci, amadureci muito e me sinto preparada para o mundo. Enfim, só alegria :D

Em segundo lugar, voltei a praticar yoga – e acho que isso é a melhor parte desse final de ano – e a força que isso tem me dado é indescritível! Cada vez que consigo ir adiante, melhorar minhas asanas, respirar melhor e meditar (essa parte ainda está bem insipiente) me sinto quase invencível, como se eu pudesse fazer tudo que quiser, mesmo que demore. E a natação contribui pra isso também. Sinto que estou melhorando a cada dia, me tornando mais rápida e aperfeiçoando a técnica. Sinto que me supero a cada momento.

Por fim, a decisão de sair de casa parece ter acontecido no momento certo. Já são quase 7 meses e sinto que junto com o intercâmbio eu nunca cresci tanto e nunca me senti tão bem comigo mesma e com a pessoa que sou e quero ser.

Acho que posso dizer que essas são minhas reflexões de final de ano hahahah Sim, gente, o ano tá acabando. E vocês, o que tem pensado sobre a vida que estão levando? Esse tipo de relfexão é muito importante para que nunca deixemos de buscar os melhores caminhos pra gente. 


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Eu te amo.

A cada segundo mais.

É impressionante como o amor tem capacidade para crescer. Quanto mais você ama e quanto mais você cultiva, maior o amor fica. 

Eu olho pra você e encontro a mim mesma em seus olhos. Só que melhor. Porque você, muitas vezes, me enxerga melhor do que sou. 

Eu quero ser grande! Não grande aos olhos do mundo, mas grande aos nossos olhos, que enxergam um no outro muito mais que o mundo busca no outros. 

Se os outros querem posses e "crescimento" material, eu quero viver! Eu quero ser! E você me fez perceber muito disso. 

Eu quero conhecer o mundo! Desbravar cada cantinho. Mas isso só fará sentido se for com você ao meu lado, porque o que era "eu", agora é "nós"!

Um "nós" lindo e incrível, porque dentro dele tem "eu" com tudo que sou e que posso vir a ser; e tem também "você" com tudo que é e que pode vir a ser. Sem perdermos nossas individualidades, construímos um "nós" invencível.

Você me faz feliz. 

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

E já se passou um ano...


Neste dia, apenas um ano atrás, eu acordei do outro lado do Oceano Atlântico, já tinha experimentado pastel de nata, já tinha conhecido as Galerias de Paris e já estava mais ou menos instalada na cidade que seria minha morada por alguns (poucos) meses. E esses "poucos" meses foram de um crescimento sem tamanho. Crescimento que talvez jamais tivesse acontecido se eu não tivesse ido para outro país com a cara e a coragem (e graças aos incentivos que recebi de todos que queriam meu bem). 

O Portinho foi a melhor coisa que já me aconteceu, foi a experiência de vida mais incrível e engrandecedora. Sempre que qualquer pessoa com dúvidas me pergunta se deve fazer intercâmbio ou não eu digo que sim, que vá sem medo ou com medo mesmo (mandando ele pro "foda-se"), porque poucas coisas na vida te farão crescer tanto quanto uma experiência como essa. 

Alguns dizem que Portugal é o Brasil da Europa e mesmo com as semelhanças, são as diferenças culturais que tornam a coisa toda ainda mais incrível. Toda vez que escuto qualquer fala naquele sotaque que aprendi a amar me dá um aperto no peito (gostoso, diga-se de passagem) que me diz sempre que tenho que voltar. E não tenho dúvidas de que voltarei, porque mesmo tendo morado no Porto por menos de 5 meses, eu sinto até hoje que lá também é meu lar. 

Pelas pessoas que conheci, pela beleza da cidade, pelas comidas (ai... aquele bacalhau com natas...) e por tudo mais que essa experiência envolveu, eu não trocaria aquela oportunidade por nada. Se pudesse viver tudo de novo, eu viveria da maneira mais intensa e verdadeira possível. 

Escrevo esse texto com lágrimas nos olhos e com a certeza absoluta de que um dia voltarei e irei novamente a todos os cantinhos incríveis daquela cidade que será sempre um lar para mim. Dizem que quando a gente viaja, deixamos casas espalhadas pelo mundo... imagina então morar num lugar como aquele em que cada esquina reserva uma beleza diferente? Ah, Portinho... jamais esquecerei de todas as experiências que vivi graças à oportunidade de morar aí...

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Lâmpadas e inteligência - Rubem Alves


"Num dos meus momentos de vagabundagem, um pensamento me apareceu que fez uma ligação metafórica entre lâmpadas e inteligências que nunca me havia passado pela cabeça. Tratei, então, de seguir a trilha. As lâmpadas servem para iluminar. Para isso são dotadas de potências de iluminação diferentes. Há lâmpadas de 60 watts, de 100 watts, de 150 watts etc. Qual é a melhor lâmpada? Parece que as de 150 watts são as melhores porque iluminam mais. Também as inteligências servem para iluminar. Tanto assim que se diz “tive uma ideia luminosa!”. E nos gibis, para dizer que um personagem teve uma boa ideia, o desenhista desenha uma lâmpada acesa sobre a sua cabeça. E também as inteligências, à semelhança das lâmpadas, têm potências diferentes. Os psicólogos inventaram testes para atribuir números às inteligências. A esses números deram o nome de QI, coeficiente de inteligência. Segundo as mensurações dos psicólogos, há QIs de 100, de 150, de 200... Ah! Uma pessoa com QI 200 deve ser maravilhosa! Porque, como todo mundo sabe, inteligência é coisa muito boa. Todo pai quer ter filho inteligente. Mas as lâmpadas não são objetos de contemplação. Não se fica olhando para elas. Olhamos para aquilo que elas iluminam. Uma lâmpada de 150 watts pode iluminar o rosto contorcido de um homem numa câmara de torturas. E uma lâmpada de 60 watts pode iluminar uma mãe dando de mamar ao filhinho. As lâmpadas valem pelas cenas que iluminam. As inteligências valem pelas cenas que iluminam. Há inteligências de QI 200 que só iluminam esgotos e cemitérios. E como ficam bem iluminados os esgotos e os cemitérios! E há inteligências modestas, como se fossem nada mais que a chama de uma vela, que iluminam o rosto de crianças e jardins! A inteligência pode estar a serviço da morte ou da vida. E a inteligência, pobrezinha, não tem o poder para decidir o que iluminar. Ela é mandada. Só lhe compete obedecer. As ordens vêm de outro lugar. Do coração. Se o coração tem gostos suínos, a inteligência iluminará chiqueiros, porcos e lavagem. Se o coração gosta de crianças e jardins, a inteligência iluminarácrianças e jardins. Por isso é mais importante educar o coração que fazer musculação na inteligência. Eu prefiro as inteligências que iluminam a vida, por modestas que sejam".

Mais um do "Ostra feliz não faz pérola". Eu tinha parado a leitura para ler outras coisas, mas decidi que preciso terminar os (bons) livros que começo antes de partir para os seguintes, então vou terminar todos os pendentes antes de iniciar o próximo. É triste porque existem muitos livros bons no mundo e fico frustrada quando penso que é impossível ler todos hahahaha

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Você não se decepciona com os outros

Se decepciona consigo mesmo. 


É isso mesmo. Na maioria das vezes (e digo "maioria" só porque pode ser que em algumas situações isso não seja assim, mas eu duvido), quando aquela pessoa age de tal forma que vai de encontro a tudo que você acreditava saber sobre ela, quem estava errado era você - e não ela. 

Essa pode ser uma das coisas mais difíceis de admitir pra si mesmo. Especialmente se aquela pessoa já te decepcionou mais de uma vez (ou inúmeras vezes!). Você é burro? Acredito eu que não. Mas é possível que você seja ingênuo ou "se faça" de bobo. Nós não somos lá muito espertos quanto o assunto são as pessoas que gostamos. 

Quando constatamos que são nossas expectativas que nos decepcionam e não a outra pessoa, seja ela quem for, fica mais fácil não guardar rancor. Afinal, ela é ela e pronto. Se você esperava mais, mesmo que ela tenha gerado expectativas legítimas, era você que não estava atento o suficiente para perceber que não seria como o esperado.

Acredito que isso faça parte de "assumir as rédeas da própria vida" e da forma como lida com os acontecimentos. É difícil? Muito! Mas os maiores ensinamentos geralmente causam uma dorzinha antes de aprendê-los. Isso não quer dizer que não vamos mais nos decepcionar, mas faz parte de crescer e amadurecer assumir que você é o responsável pelo que te acontece. 

Se decepcionou? Siga em frente, veja se vale a pena confiar de novo ou se pra você é difícil saber até onde pode ir com aquela pessoa (se o melhor é se afastar ou não) e simplesmente não a culpe pela sua falta de esperteza.


Ps: Dizem que quando falamos, a primeira pessoa a nos ouve somos nós mesmos. O mesmo acontece quando escrevemos. Pois é... 


quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Autoperfeição com Hatha Yoga


Pessoas, estava lendo "O morro dos ventos uivantes" e dei uma pausa quando meu kindle voltou a funcionar pra ler um pouco sobre yoga. Eu gosto muito de praticar e me faz um bem danado, mas estou precisando de alguma inspiração maior pra conseguir firmar. Já tem tempo que começo e paro, começo e paro. To precisando mesmo começar e não parar. 

Comecei então com o Prof. Hermógenes (aquele fofo hahahahha). O livro é ótimo! Estou adorando. O trecho que segue fala sobre respiração (pranayama), que é tão importante para os praticantes e que eu ainda sei bem pouco. Pra quem se interessa por esse assunto, segue o trecho.

Como corrigir a respiração deficiente

"Como os exercícios de pranayama são quase todos executados usando somente o nariz, antes de iniciar um deles é preciso ter as fossas nasais totalmente desimpedidas. 

Talvez nenhuma técnica yogue seja necessária quando se trata de uma pessoa que respira pela boca devido a mau hábito formado em época em que, por um qualquer defeito anatômico ou fisiológico, teve dificuldade em respirar pelo nariz. Neste caso, só é preciso uma boa dose de propósito de livrar-se do habito, se é que o obstáculo anatômico ou fisiológico já foi removido.

Para desobstruir uma das narinas, coloque na axila do lado oposto um volume como o de um livro, ou o punho fechado. Dentro de minutos, o desentupimento se dá. É só ter um pouquinho de paciência. Logo que obtiver o que deseja, desfaça a pressão, senão vai entupir a narina do mesmo lado. Se estiver na cama, é suficiente deitar-se sobre o lado desobstruído, para em poucos instantes livrar a narina que estava entupida. E ainda há quem não admita a existência. a dos nadis!!...

A lavagem do nariz ou vyut-krama consiste em aspirar água pelo nariz e cuspi-la pela boca. A sucção se faz mais com a faringe do que com as narinas. A água deve ser fervida, com uma solução de 7% de sal de cozinha (melhor o sal bruto) e em temperatura tépida. As primeiras vezes a coisa é desagradável. Dá uma dorzinha que desaparece com poucos segundos.

Alguns exercícios de pranayama, adiante ensinados, são outras formas eficazes de limpar o muco das narinas e quem os pratica realiza outrossim um tratamento preventivo.

Há certas práticas indicadas por Kerneiz (op. cit.) que preferimos explicar na palavra do autor. Tais técnicas "consistem essencialmente em pronunciar ou sobretudo em cantar certas sílabas de maneira a fazer vibrar as paredes das vias respiratórias. Os sons devem de preferência ser emitidos sobre uma das notas do acorde perfeito e segundo o registro vocal de cada um. Não é preciso cantar a toda a voz, mas cantarolar".

"A sílaba mais própria a fazer vibrar a cavidade torácica mediana é frem; é preciso tentar um pouco para obter o justo som; apoiando ligeiramente os dedos sobre o peito, deve-se sentir a vibração. Om (a sílaba sagrada) faz voltar a parte superior da caixa  torácica e a base da garganta. Yum a parte superior da garganta e alto da glote. Vam o alto do véu palatino e a parte posterior das cavidades nasais. Mam a parte média do véu palatino e das cavidades nasais. Sam a parte anterior do véu palatino e das cavidades nasais. Podem-se obter vibrações um pouco diferentes e mais acentuadas substituindo o m final por n."

"A emissão prolongada e repetida dessas sílabas sobre um som musical e as vibrações que elas determinam tem por efeito purificar as vias respiratórias e livrá-las de todo excesso de muco; exercendo ação tonificante notável, que tende a imunizá-las contra todas as infecções menores de que se tornam sede."

Esses exercícios assim descritos por Kerneiz são classificados na categoria de mantrans. Mantram é a palavra ou som que determina efeitos vibratórios, psíquicos e espirituais quando devidamente emitidos. São verdadeiros mantrans os cantos gregorianos e a entoação das suras do Alcorão pelos muçulmanos em prece. De certa forma, o efeito psicológico arrancado aos soldados pela marcialidade dos tambores exemplifica o que os orientais denominam mantrans."


Vale muito à pena ler o livro, gente. Recomendo!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Gosto mesmo é de quem cuida da própria vida.


Tem gente que gosta tanto de olhar pro umbigo alheio que esquece do próprio. É chato. É cansativo. Dá preguiça. Parece que a especialidade de algumas pessoas é apontar características alheias que elas consideram erradas ou desagradáveis. Costumo dizer que já tenho trabalho suficiente com a minha própria vida, estou vivendo e não tenho tempo de cuidar do que é do outro e não me diz respeito. Tenho visto situações assim com bastante frequência. Felizmente quase nunca é comigo. Mas sempre fico me perguntando porque as pessoas gastam energia e tempo com coisas assim. 

Sei lá, minha energia positiva e o tempo que tenho pra mim e para os que amo é tão precioso pra ficar gastando com coisas pequenas e mesquinhas que prefiro não fazer parte disso. É lógico que não sou santa e por vezes me pego falando o que não devia (acontece com mais frequência em pensamento do que em ação propriamente dita), mas decidi que quero cada vez mais me policiar. Claro que é mais fácil policiar a fala, mas espero chegar num ponto em que nem pensamentos desse tipo cheguem na minha mente. 

É o minimalismo permeando a minha vida internamente: quero cortar tudo que não vale à pena. 

terça-feira, 22 de julho de 2014

Excelentíssimo - Rubem Alves

"Ando pesquisando coisas antigas da terra onde nasci, Dores da Boa Esperança, à procura de vestígios da minha infância. Pois ontem, fuçando umas pastas velhas, encontrei lá uns jornais de antigamente, muito antes de eu nascer. Acho que os médicos de hoje fariam bem em se informar sobre os remédios daquele tempo que eram muito mais maravilhosos que os remédios de agora. Hoje, quando se toma um remédio, não se sabe quem o fez. Não há, portanto, um jeito de fazer a reclamação à pessoa responsável, caso o remédio não funcione. Naqueles tempos, os remédios traziam no rótulo o retrato do inventor da poção curativa. Tal é o caso do miraculoso remédio Elixir de Nogueira, um “santo remédio”, eficaz no tratamento de “escrófulas, darthros, boubas, inflamações do útero, corrimento dos ouvidos, gonorrhéas, fístulas, espinhas, cancros venéreos, rachitismo, flores brancas, úlceras, tumores, sarnas, rheumatismo em geral, manchas da pelle, affecções do fígado, dores no peito, tumores nos ossos, latejamento das artérias” (jornal A Esperança, Dores da Boa Esperança, 23 de outubro de 1927, p. 4). Agora me digam: que remédio moderno pode se comparar ao poder curativo do Elixir de Nogueira, atestado pela foto do dr. Nogueira, grande bigode retorcido nas pontas, óculos, colarinho e gravata? Os óculos sempre foram marca dos cientistas. Cientista sem óculos não é digno de crédito... Mas, examinando as notícias no miúdo nota-se que todas as pessoas eram “excelentíssimas” e “ilustríssimas”. Os que viajavam eram sempre o ilustríssimo senhor Fulano de Tal com sua excelentíssima esposa... Os juízes eram “meritíssimos”, isto é, portadores de méritos incontáveis. Contou-me um juiz amigo que numa audiência numa cidade do interior o advogado insistia em chamá-lo de “meretríssimo”, tratamento insólito que lhe causou sério problema facial: ele não sabia se o advogado estava a ofendê-lo, chamando-o de “filho da puta”, caso em que ele deveria fechar a cara, ou se o advogado era apenas um pobre-diabo que não sabia o sentido das palavras, caso em que o seu rosto se abriria numa risada... Incapaz de concluir, ele optou pela postura indiferente, clássica no rosto dos juízes. Mas o que me levou a esta excursão foi o fato de um “meretríssimo”, convencido da sua grande importância, haver entrado na Justiça com uma ação contra os funcionários do edifício em que mora, posto que eles, ignorantes da sua excelência, não o tratavam com os devidos “doutor”, “excelentíssimo”, “ilustríssimo”. Esse juiz, ao que me parece, coloca paletó e gravata para defecar e usa fraque e cartola para perpetuar os coitos exigidos pelas obrigações conjugais, se é que o faz. Imagino que ele seja juiz por competência, isto é, passou nos exames. O que é prova cabal de que o conhecimento das leis não é garantia da sabedoria do juiz. Como dizia um homem sábio, na cidade onde nasci, “duas são as coisas em que não se pode confiar: bunda de criança e cabeça de juiz...”. Se ele deu entrada nessa ação, imagino, é que deve haver dispositivos legais para obrigar as pessoas ao tratamento devido, meritíssimo, magnífico, reverendíssimo, ilustríssimo, excelentíssimo, doutor. Pergunto aos conhecedores da lei se não haverá dispositivos legais que punam pessoas que usam títulos sem possuí-los. Um bacharel pode colocar placa de doutor? Engenheiro é doutor? Lembro-me de um homem, também lá em Minas, que queria ser doutor a qualquer preço. Para ele, ser doutor era ter diploma de engenheiro agrônomo. Tirou o diploma. Mas o tiro saiu pela culatra. De caçoada, deram-lhe o apelido de Zé Doutor. Quando vejo escrito na capa de um livro, como autor, Doutor Fulano de Tal, não consigo esconder o riso. É uma pena que a lei não tenha provisões para punir a estupidez e a presunção".

Nova sessão no blog, gente: agora postarei textos ou trechos de livro que eu gostar. Na verdade já fiz isso uma ou duas vezes, mas agora vai ser mais frequente. Espero que gostem! 

Esse é um texto que tem no livro "ostra feliz não faz pérola", do Rubem Alves (lindo!). Recomendo o livro todo. 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Keep dreaming


That's why I will never ever stop dreaming and working on my dreams :)

"Eu prefiro olhar para trás em minha vida e dizer 'eu não acredito que eu fiz aquilo' ao invés vez de dizer 'eu queria ter feito aquilo'. É por isso que eu nunca vou parar de sonhar e trabalhar em meus sonhos".

Nada é impossível! Nós podemos e devemos lutar pelo que acreditamos sempre.

Façamos um semana incrível! Bom dia!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Quase 6 meses


Gente! Daqui a uns dias vou completar 6 meses do meu "1 ano sem compras" (dia 17). Não caí em tentação nenhuma vez! Na verdade pra mim tem sido muito fácil, porque eu nunca fui uma pessoa consumista, não tenho desejos incontroláveis de comprar. Só livros, mas como tenho vários em pdf pra ler no Kindle e evito ir à livrarias (a minha preferida é a Saraiva e morro de preguiça de ir no Shopping) também não tem sido difícil. 

Me pergunto se o fato de ser fácil pra mim, e isso tornar bem menos desafiador, se eu não deveria simplesmente deixar pra lá... Estou com uma vontade enorme de comprar uma blusa há meses (baratinha para os padrões brasileiros!). Penso em abrir apenas uma exceção pra ela já que não é uma vontade repentina, já está dentro de mim há muito tempo. 

Gostaria da opinião de vocês que também se interessam por vida simples e minimalismo. Devo deixa o projeto pra lá por não ser desafiador o bastante, ou devo apenas abrir essa exceção? Ou ainda, devo esquecer a blusa e seguir com a minha vida já que não preciso efetivamente dela? 

Estou bastante inclinada a abrir só uma exceção.

Ps.: Minimalismo não é só algo legal sobre o qual gosto de ler, mas um estilo de vida que sigo e quero seguir sempre mais, por isso essas reflexões são importantes pra mim. 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

As pequenas corrupções que você acha normal (e ainda aplaude)


Se você fura fila pra ser atendido mais rápido você está sendo corrupto.

Se você não respeita o acento preferencial de idosos e gestantes você está sendo corrupto.


Se você "passa a perna" em um corretor que está apenas fazendo o trabalho dele procurando diretamente o proprietário pra pedir que ele desconte a comissão, você está sendo corrupto.


Se você aplaude quem sonega impostos e acha certo fazer isso porque "já existe muita roubalheira" você está sendo conivente com a corrupção.


Se você sonega impostos, você não só está sendo corrupto como você está cometendo um crime. Sim, você é um criminoso, porque ao contrário do que você pensa criminoso não é só o negro-favelado que está preso.


Se você acha que a corrupção é "coisa de político safado" ou você se faz de muito sonso diante das pequenas corrupções que anda cometendo ou você é burro mesmo! 


Antes de sair por aí reclamando do Brasil, repense as suas próprias crenças e atitudes, porque o Brasil é feito de brasileiros e não de políticos. 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O que tenho de novo - de tudo, um pouco


E mais uma semana começa. Hoje venho com algumas novidades. Pra começo de conversa, vou tentar fixar segunda-feira como dia de postagem. Como quem me acompanha sabe, escrever é uma terapia pra mim. Sei que a inspiração é uma coisa que vem, mas pelo menos uma vez por semana vou tentar postar. É bom sentir que tenho um compromisso com o blog.

Além disso, outra novidade é o layout. Mudei há alguns dias porque queria algo mais minimalista. Por hora vou ficar com esse mesmo. Infelizmente já não lembro o site em que achei, já que passei dias caçando alguma coisa no google. Em um futuro não muito distante pretendo modificar novamente, mas eu mesma farei tudo. Estou empolgada! :D

Por último, novidade sobre organização e produtividade. Não, eu não gosto de ser essas pessoas mega ocupadas que têm uma rotina que não permite relaxar e se divertir. E nem vou permitir que aconteça. Porém, estou com algumas ideias e planos, e buscar me organizar melhor vai ajudar a alcançar meus objetivos. Primeiramente fiz um horário em que coloquei tudo que tenho de fixo durante a semana e todo domingo vou tentar fazer um horário daquela semana. 

Além disso, hoje pretendo pesquisar sobre o GTD. Nunca tive muito interesse porque gosto de ter uma certa liberdade sobre os meus dias e planos. Mas como estou pensando em coisas a longo prazo, essa talvez seja uma boa maneira de começar. 

Por hora, é isso :)

segunda-feira, 16 de junho de 2014

O que tenho de novo - yoga

Bom dia, pessoas :)

Hoje começo uma sessão nova no bloguinho. Espero que esse início seja duradouro, já que tenho tido alguns que tem durado bem pouco. 

"O que tenho de novo" será uma sessão em que contarei o que ando fazendo / lendo / sentindo / descobrindo sobre as áreas que me interessam. 

Pra começar, yoga! Pra quem não sabe, hoje não precisamos mais sair de casa para alcançarmos uma prática legal. Basta ter força de vontade. É claro que se eu pudesse (leia-se: tivesse dinheiro) preferia um milhão de vezes ter aulas com um instrutor / mestre, já que o contato humano é importante. Além disso, com alguém te auxiliando, é muito mais fácil alcançar posturas corretas e descobrir o que é melhor pra você naquele momento. Mas como money tá escasso, me viro como posso.

Pra minha sorte, sempre encontro muita coisa na internet e a bola da vez é o "Free 30 Day Yoga Challenge". É bem desafiador. Hoje acordei com a barriga toda dolorida, porque o de ontem foi todo voltado pra ela. Mês que vem vou começar do início de novo e só paro quando conseguir fazer todos os exercícios (já que meu condicionamento não me deixa aguentar tudo que a instrutora faz hahahahah). Com o tempo vou me aprimorando.

Segue o link do desafia pra quem se interessar:


Ps.: Eu sempre acabo adorando essas instrutoras da internet e fico com vontade de conhecê-las um dia. Mas a Erin Motz é a mais legal que já vi até agora. :D

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Se a moda mesmo é ser ocupado, eu escolho estar fora de moda


Quantas vezes a resposta à perguntas do tipo "como você está?", "como foi seu dia?" e "vamos marcar alguma coisa?" é "estou sem tempo" ou "estou ocupado" e variações? Quase sempre, certo? Porque a moda hoje é estar sempre com a agenda tão cheia que não seja possível fazer nada que fuja das (supostas) obrigações. Se você não for um sujeito ocupado o bastante (ou antes, bastante ocupado) você jamais será considerado bem sucedido. Será taxado de preguiçoso ou de vagabundo e daí pra pior. 

O que as pessoas parecem não entender é que ser "bem sucedido" não é um conceito universal aplicável a todas as pessoas da Terra. Sinceramente? Pode até não ser sua opinião, mas pra mim esse conceito é e deve ser pessoal. Só você sabe o que veio fazer no mundo. E se sua missão, o que faz seu coração pulsar, for algo como ajudar aqueles que você ama a alcançar o que eles acreditam que seja sucesso pra eles? Você vai ser obrigado a se inclinar às engrenagens do mundo e arrumar um emprego que lhe garanta um bom salário e falta de tempo eterna? 

Que me desculpem aqueles que acreditam que sim, mas eu não acredito. E digo por mim: eu não gosto de ter uma agenda cheia de falsas prioridades e que me impeça de fazer coisas que amo e que me fazem bem. Pra mim, prioridades são pessoas e relações. E a partir do momento que não tenho tempo pra elas, a coisa toda chamada vida perde o sentido. Se todo mundo realmente parasse pra pensar quais são suas prioridades o mundo poderia estar bem melhor. O problema é que está todo mundo sem tempo pra pensar. 

Todo mundo parece querer se sobrecarregar para ter a (falsa) sensação de ser extremamente importante e de seu trabalho ser visto como altamente relevante. Se você parar pra pensar, nem é bem assim. As coisas vão continuar acontecendo, o mundo vai continuar girando e as engrenagens vão continuar se movimentando e se encaixando mesmo que você decida ir mais devagar. 

Alguns diriam que sou muito nova e estou começando. Mas é justamente por isso que gosto de pensar e repensar sobre esses assuntos. Não quero cometer os mesmos erros que vejo tanta gente infeliz (e ocupada) cometendo por aí. Eu quero uma vida mais simples e tranquila. E já tenho buscado isso no meu dia-a-dia. Tenho sido bastante feliz desse jeito. 

Acho que todos deveriam experimentar. Afinal, ao contrário do que muitos defendem e acreditam, o mundo não me parece um campo de batalha em que você precisa buscar sempre ser melhor que o outro . O mundo é, sim, pra você buscar se superar e isso não envolve levar uma vida corrida e irrefletida. 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Algumas pessoas querem que você seja o mesmo para sempre


NÃO DÊ OUVIDOS A ELAS!



Não importa se são seus pais, amigos, namorado ou namorada. Alguém sempre vai ter expectativas não atendidas em relação a você. O que importa mesmo é a sua consciência tranquila e a certeza de que é e busca cada vez mais ser a pessoa que quer ser. 

Algumas pessoas querem que você se petrifique no tempo e seja a mesma pessoa eternamente. Mas ninguém é, e você não precisa atender ao que os outros esperam de você. Não é que você vai descartar tudo que te falarem, mas é preciso saber absorver o que é pertinente e o que não passa de frustração de quem tá do outro lado e não enxerga em você o que gostaria de enxergar.

Não existe mal algum em buscar novos horizontes e descobrir novos interesses. Que graça teria a vida se tudo fosse sempre do mesmo jeito? Existe algo em você que nunca vai mudar, aquilo que é a sua essência: eu tendo a acreditar que ela está naquilo que chamamos de caráter, tem a ver com a forma como você trata as pessoas à sua volta e a forma como você lida com as pedras no caminho. 

Se você segue esta ou aquela seita religiosa (ou não segue nenhuma), o que importa mesmo é a sua fé. E fé não tem nem mesmo relação com acreditar em Deus, necessariamente. Tem muito mais relação com acreditar na vida e em tudo de bom que ela pode te trazer. 

Se você gosta de filmes de terror hoje e de comédias românticas amanhã, qual é o problema? É assim que você expande horizontes e se descobre ao longo da vida. Nós não somos estáticos, não precisamos ficar agarrados sempre no mesmo lugar, fazendo e gostando sempre das mesmas coisas. 

Isso não é não ter personalidade. Isso é apenas se permitir abrir ao novo. E quando você se abrir ao novo, esteja preparado: algumas pessoas vão estar com pedras na mão, e críticas na ponta da língua. Mas permaneça com as suas crenças e com as mudanças que você se permite fazer (você e ninguém mais). Isso com certeza vai atrair quem se assemelha a você e vai excluir quem não respeita seu modo de ser. Essa exclusão pode ser temporária e durar o tempo necessário para que essa pessoa perceba que você não está no mundo para ser do jeito que ela deseja, ou pode mesmo ser permanente. Mas isso só o tempo dirá.

No fim das contas, duas coisas importam mesmo na vida: as pessoas que ficam, que são aquelas que te respeitam e gostam de você pelo que é e não pelo que elas gostariam que fosse; e se você tem coragem de bancar as consequências de todas as suas escolhas sem exigir que o outro faça isso por você. 

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Ingratidão - um dos piores sentimentos


Muita gente sabe dos benefícios da gratidão, tanto à vida (ou a Deus, como queira), quanto às pessoas que nos fazem bem. Em contrapartida acredito que a ingratidão seja um dos piores sentimentos. E é algo que me deixa indignada de ver. 

O mais triste é que muitas vezes parece que as pessoas não se dão conta do quanto estão sendo ingratas. Por exemplo: você tem um amigo que se desdobrou em um momento difícil da sua vida para te ajudar. Quando essa pessoa precisa de ajuda, você simplesmente ignora solenemente esse fato e segue sua vida como se nada tivesse acontecido. 

Eu não acho que você seja obrigado a ajudar o outro pelo fato dele ter te ajudado, mas acho egoísta e, talvez, até cruel, não fazê-lo. Acredito que a gratidão deve fazer parte das relações humanas. O mundo seria um lugar muito melhor pra se viver se todos se dessem conta disso. 

Acredito que não é fácil não ser ingrato em nenhum momento da vida, muitas vezes pedidos de ajuda podem passar despercebidos, mas não custa nada ficar atento ao mundo à sua volta e tentar estar presente quando o outro precisa. Não é fácil conviver e nem é fácil buscar um mundo melhor, mas não podemos deixar de tentar. 

Então o que acha de tentarmos não ser ingratos hoje e todos os dias que se seguirem? 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Sobre incertezas, riscos e felicidade.


A vida é mesmo muito incerta: você nunca sabe o que vai encontrar do outro lado, você nunca poderá ter certeza a não ser que você arrisque. Se quer mudar de emprego, de área, de faculdade, de vida, de qualquer coisa, você só vai saber como vai ser se tentar. Não adianta calcular, não adianta especular, não adianta fazer lista de prós e contras. No final você só vai saber mesmo se for lá e arriscar. 

Não é que você deva sair por aí promovendo mudanças na sua vida a torto e a direito sem pensar muito, mas também não adianta ficar quebrando a cabeça eternamente diante do ''e se''. A verdade é que qualquer decisão que você tomar vai ter pontos bons e ruins envolvidos. A vida é assim. Você precisa se colocar diante do espelho e se perguntar: estou disposto a assumir o lado ruim pra aproveitar o lado bom? Se a resposta for sim, se você não suportar mais a situação como está, seja ela qual for, assuma isso para si e tenha coragem! 

Tenha coragem! Não é possível viver realmente sem coragem. A maioria das pessoas aceita uma vidinha qualquer, sem muito valor; eles apenas continuam de acordo com o estado das coisas, agem como os outros querem e só. Desculpem-me, mas isso não é vida! A vida pode ser extraordinária e isso não é muito difícil. Você só precisa se levantar e dizer pra si mesmo que ela será assim e não se curvar a tudo que é imposto socialmente. 

Pense nisso. Pense no que é felicidade pra você e corra atrás disso. Dizem por aí que não é fácil ser feliz, que depende de um monte de fatores materiais. Mas cá entre nós... isso é uma tremenda mentira! A felicidade genuína está dentro de você. Está dentro de cada um de nós. Só não podemos passar a vida procurando por ela do lado de fora, porque aí sim fica difícil. 

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Você sabe quais são as dimensões da sua mente?


Primeiramente, este post foi inspirado por um livro que recomendo muito: "O Apanhador no Campo de Centeio" (J. D. Salinger).

O trecho que me trouxe até aqui foi o seguinte: 


" - (...) Na hora em que você conseguir deixar para trás todos os Professores Vinsons, você vai começar a se aproximar cada vez mais - isto é, se você quiser, e se procurar, e se tiver paciência de esperar - da espécie de conhecimento que será muito, muito importante para você. Entre outras coisas você vai descobrir que não é a primeira pessoa a ficar confusa e assustada, e até enojada, pelo comportamento humano. Você não está de maneira nenhuma sozinho nesse terreno, e se sentirá estimulado e entusiasmado quando souber disso. Muitos homens, muitos mesmo, enfrentaram os mesmos problemas morais e espirituais que você está enfrentando agora. Felizmente, alguns deles guardaram um registro de seus problemas. Você aprenderá com eles, se quiser. Da mesma forma que, algum dia, se você tiver alguma coisa a oferecer, alguém irá aprender alguma coisa de você. É um belo arranjo recíproco. E não é instrução. É história. É poesia.
(...)
Há outra coisa que uma educação acadêmica poderá proporcionar a você. Se você prosseguir nela por um tempo razoável, ela acabará lhe dando uma ideia das dimensões da sua mente. Do que ela comporta e, talvez, do que ela não comporta. Depois de algum tempo você vai ter uma ideia do tipo de pensamento que sua mente deve abrigar. A vantagem disso é que talvez lhe poupe uma enormidade de tempo, que você perderia experimentando ideias que não se ajustam a você, não combinam com você. Você começará a conhecer as suas medidas exatas, e vestirá sua mente de acordo com elas".


Apenas desses dois parágrafos é possível tirar muita coisa. Trata-se de uma conversa entre um professor e o personagem central do livro. 


Dois pontos me interessam muito nesse momento. O primeiro deles é o fato de que podemos aprender com qualquer angústia que tenhamos em relação ao comportamento humano. Sim, muitas vezes olhamos em volta e tudo parece horrível. Mas a percepção disso vale para aprendermos o que não queremos para nós e para nossa vida e para buscarmos ver o outro lado da moeda: tudo de bom que ainda é possível apreciar no mundo. E se você não é capaz de ver isso, tente piscar os olhos e mudar o foco.


O segundo ponto - e o que mais me deixou fascinada - foi a questão das dimensões da mente. Eu tenho, sim, muitas ressalvas em relação à academia, acho que em muitos sentidos ela pode acabar nos limitando. Mas acho, também, que se formos abertos a outras formas de conhecimento e se conseguirmos unir isso ao estudo acadêmico, podemos encontrar nossas "medidas exatas", podemos ir em busca do que acreditamos ser certo e do que cabe dentro da nossa mente. Acredito que é possível (e necessário) construirmos nosso Eu a partir do que achamos relevantes para nós. 


Você já parou para pensar quais são as dimensões da sua mente? O que ela é capaz de enxergar no mundo? O que você quer pra você e quem você quer ser? São reflexões necessárias que devem ser sempre feitas e refeitas. 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Um olhar Pollyana sobre a vida


Quem me conhece sabe que sou apaixonada por Pollyana. Não só pela história do livro, mas especialmente pelo que a personagem nos ensina. O tal do ''Jogo do Contente'' representa muito bem o olhar otimista com que tento viver a vida. E é muito mais gostoso aprender isso lendo um romance do que um livro de auto ajuda, pelo menos na minha opinião.

E você, como tem sido seu olhar sobre o mundo? Você tem a mania que a maioria das pessoas tem de reclamar o tempo inteiro? De ver sempre o pior lado de todas as situações? Se sim, você provavelmente está infeliz. É hora de olhar para si e tentar mudar. 

A felicidade é algo que está dentro de você e se você encontrá-la por lá, nada nem ninguém será capaz de tirá-la. As circunstâncias em que nos encontramos não podem ser as únicas responsáveis pelo nosso estado de espírito. Nosso olhar sobre a vida também tem um papel relevante sobre ele. 

Se você buscar ser como Pollyana, jogar sempre o tal ''jogo'', é mais difícil algo derrubar a sua felicidade.  Tudo na vida pode ser visto sob dois ângulos, por mais difícil que uma situação possa parecer, ela sempre tem um lado bom. 

Um exemplo bobo: a maioria das pessoas que precisa andar de transporte público (e em Juiz de Fora ele é uma ''bela duma porcaria'') reclama por não ter um carro ou por ficar presa no trânsito ou pelas duas coisas. Sabe o lado bom disso? Como não sou eu que estou dirigindo, posso passar o tempo todo lendo um livro, que é algo que me deixa feliz. Há sempre algo que podemos fazer quando estamos ''perdendo nosso tempo'' no trânsito. Outra coisa que aproveito pra fazer é ouvir música. 

E você, qual é a ''chatice'' na sua vida sobre a qual você precisa modificar o olhar? Sempre é possível olhar com outros olhos e ser feliz!

Bom dia! 

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Coragem, esse ingrediente tão necessário à vida


Hoje é segunda-feira, tradicionalmente um dia de (re)começos. Então, se você tem uma decisão difícil pela frente aproveite esse dia para pensar no que realmente precisa ser feito. Claro que qualquer dia é dia de decidir e ir pra frente, mas assim como começos de ano trazem renovação, começos de semana também trazem essa sensação, ainda que em menor escala. Então sente-se consigo mesmo e reflita. Tire alguns minutos do seu dia e pense na sua vida. 

Pense no que você ama e no que não te agrada tanto assim. Pense se pode mudar algo. Sempre podemos. E se, de tudo, você considerar impossível mudar algum quadro que te desagrada, tente observá-lo com outros olhos. A vida é muito curta para ficar reclamando o tempo inteiro. 

Sempre há decisões a serem tomadas. Algumas delas podem ser difíceis. Tudo na vida traz perdas e ganhos. Cabe a nós decidir o que vale mais em cada situação. O importante mesmo é jamais perder a coragem! Se você precisa mudar, se precisa tomar alguma decisão importante, não deixe pra depois, aproveite o dia de hoje e tenha coragem! A vida sempre se encarrega de ajeitar tudo.

Bom dia! 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

A vida não é linear


Você nasce, cresce um pouquinho e entra na escola, sai da escola para a faculdade, forma, encontra a pessoa que você ama, casa-se com ela e sai de casa pra construir a sua vida, daí você vive pra trabalhar, ganhar mais e mais dinheiro e juntar patrimônio. Algumas pessoas pensam que assim deve ser a vida, uma linha do tempo com pontos pré-determinados. Mas
aí você morre e poucas dessas coisas continuam tendo importância.

Bom, sou obrigada a discordar. A vida é muito mais rica e complexa do que isso. A vida é plena de possibilidades e só quem sabe o próprio momento de agir é a pessoa que vive. Ninguém mais sabe. E a pessoa pode cometer erros, logicamente, achar que um momento é certo quando não é tanto assim, mas é por isso que temos sempre que assumir as consequências dos nossos atos, sejam elas boas ou ruins. A gente cresce com ambas e sempre é possível recomeçar.

A sociedade nos impõe modelos para tudo. Inclusive modelo para vivermos. Mas isso não significa que temos que seguir esses modelos e nem que eles são os melhores para nós. Na verdade, no meu ponto de vista, em grande parte das vezes os modelos a nós impostos não passam de porcaria.

Não sei vocês, mas eu não quero me encaixar numa gaveta predefinida que diz como devo ser e o que devo fazer. Eu quero ser feliz e felicidade vai muito além do que acham por aí que é bom pra nós. Felicidade vem de dentro e só nós podemos saber o que é melhor pra nós. E na pior das hipóteses, caso façamos uma escolha não muito boa, é só assumirmos as consequências e recomeçarmos. Não é tão difícil assim. 

domingo, 30 de março de 2014

Algumas coisas precisam ser deixadas para trás


Para quem lê em inglês, vale à pena ir para este link: 50 Things to Let Go of Before Your Next Birthday. Seria algo como: 50 coisas para deixar ir antes do seu próximo aniversário. É isso. Vamos nos desafiar a nos tornarmos pessoas melhores hoje? 

Sei que estou sumida do blog e tem um tempo que não escrevo. Isso não estava nos meus planos, mas coisas aconteceram que me impediram de continuar a "produção intensiva". Quero conseguir voltar, mas não garanto que será "a todo vapor", porque não quero exigir mais de mim do que consigo nesse momento. Tudo tem seu tempo. Aliás, taí algo que muitas pessoas precisam aprender (inclusive eu).

Para inspirar mudança, vou traduzir algumas das coisas da lista do link: 

1. Deixe ir o que não está ajudando sua alma a sorrir e crescer. - A vida é para ser apreciada, não suportada. Siga um caminho que o mova. Você é sempre livre para fazer algo que te faz sorrir.

2. Deixe ir a bagagem que você sabe que precisa deixar para trás. - À medida que envelhecemos e ficamos mais sábios, começamos a perceber o que precisamos e o que precisamos deixar para trás. Às vezes, ir embora é um passo para a frente. 

5. Pare de se preocupar com as opiniões dos outros sobre a sua vida. - Ao escrever a história de sua vida, não deixe que outra pessoa segure a caneta. 

6. Deixe ir sua tendência para evitar problemas. - Você não pode mudar o que se recusa a confrontar.

7. Deixe de lado todas as suas reclamações vazias. - Se você não gosta de algo, mude. Se  não pode mudá-lo, mude sua maneira de pensar sobre isso. (Taí uma coisa que considero urgente para quase todas as pessoas...)

8. Deixe de lado as desculpas. - Se você quer fazer algo, encontrará uma maneira de fazê-lo. Se não, encontrará uma desculpa. (Eu sou ótima em arrumar desculpas para mim mesma. E vocês?)

12. Pare de acreditar que o melhor está atrás de você. - Sua vida não está atrás de você, suas memórias estão. Sua vida é sempre aqui e agora. Aproveite isso! Escolha que cada uma de suas experiências de hoje sejam porta de entrada para um amanhã ainda mais brilhante.


16. Deixe de lado as expectativas que estão te prendendo para trás. - A qualidade da sua vida é sempre 10% do que acontece com você e 90% de como você responde ao que acontece. (Taí uma grande verdade...)


17. Pare de pensar que há um momento perfeito. - Você não pode ficar esperando o momento perfeito - ele não existe. Você deve se atrever a fazer o que deseja hoje, porque a vida é muito curta para se perguntar o que poderia ter sido. (Tapa na cara!)


18. Deixe de lado a necessidade de sempre se sentir confortável. - Se você quiser fazer um impacto, grande ou pequeno, esteja confortável com estar desconfortável. Todo crescimento começa com o fim de sua zona de conforto.


23. Pare de se preocupar em excesso. - Preocupar-se não tira os problemas de amanhã, tira a paz e o potencial de hoje. Pare de pensar demais sobre tudo. A vida é muito curta.


25. Deixe de lado seus pensamentos ingratos. - A felicidade nunca vem para aqueles que não apreciam o que têm. Então, seja grato hoje. A vida não é perfeita, é ''apenas'' muito boa.


26. Deixe de lado todas as suas razões para ser infeliz. - Pare de olhar para elas. Foque-se nas coisas que você já tem e nas razões para ser feliz. Positividade muda tudo.


32. Deixe de lado seus julgamentos superficiais. - Nós não encontramos pessoas comuns em nossas vidas. Se você lhes der uma chance, todo mundo tem algo surpreendente para oferecer.


33. Pare de tentar mudar os outros. - Na maioria das vezes, você não pode mudar as pessoas e você não deve tentar. Ou aceita quem são ou escolhe viver sem elas.


38. Deixe de lado as influências negativas. - Você não pode esperar sentir-se bem, se você se cercar de negatividade. Esteja com aqueles que trazem o melhor de você, e não o estresse em você.


42. Deixe de lado as coisas que as pessoas dizem sobre você. - Tente não levar essas coisas tão para o lado pessoal. O que elas pensam e dizem é um reflexo delas, não seu.


44. Pare de colocar as necessidades de todos os outros na frente das suas. - Dê o máximo que puder, mas não permita-se ser usado. Ouça os outros com atenção, mas não perca a sua própria voz.


46. Pare de querer mudar apenas para impressionar as pessoas. - Não mude nunca só para impressionar alguém. Mude porque isso fará de você uma pessoa melhor e levará você para um futuro mais brilhante.


50. Deixe de lado a ideia de que é tarde demais para começar de novo. - Lembre-se, é sempre melhor estar na parte inferior da escada você quer subir do que no topo da que você não quer.


E aí, quais são as mudanças mais urgentes pra você?