Mostrando postagens com marcador sonho. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sonho. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Um dos meus maiores orgulhos: ter participado da ronda

Eu sempre senti necessidade de fazer algo pelas pessoas. Embora a gente normalmente tenha tendência de reclamar das coisas e se ver insastisfeito com a vida, eu sempre mantive meus olhos abertos aos problemas reais do mundo. Muitos de nós somos privilegiados, embora não gostemos de admitir isso. 

Não sei exatamente quantos anos fazem (a nossa memória pode nos trair de vez em quando), mas em algum momento do meu ativismo no movimento espírita eu decidi participar da ronda, que era um trabalho que um grupo de amigos fazia levando alimentos e ouvidos aos moradores de rua do Centro de Juiz de Fora. 

Lembro como se fosse hoje. Acontecia sempre nas terças-feiras, de 15 em 15 dias. Tinhamos um caminho pré-estabelecido que começava na antiga Av. Indepedência, em frente ao Banco HSBC e terminava perto do Santa Cruz Shopping. Se me lembro bem, começava por volta de 19h30 (ou 20h?) e terminava por volta das 22h/22h30. Era uma boa caminhada e encontravamos bastante gente. Geralmente levavamos pão com mortadela e suco ou leite com achocolatado dependendo da temperatura da época.

Aquele trabalho foi uma das coisas mais gratificantes que já fiz na vida. O mais impressionante era perceber que as pessoas faziam muito mais questão de conversar do que de comer. Muitas vezes deixavam o pão de lado e dedicavam vários minutos do tempo delas a nos contar histórias. Era nítido que mais do que comida, elas precisavam ser ouvidas. 

Essas pessoas passam despercebidas por muita gente. São simplesmente ignoradas pela sociedade. Me entristece dizer que muitas vezes passam despercebidas por mim também. Nossos condicionamentos são muito fortes. 

Muitas vezes era difícil segurar as lágrimas diante das histórias que eles contavam. Muita gente que se viu em meio às drogas e achou melhor abandonar a família a trazer mais sofrimento para eles. Muitos que foram simplesmente expulsos por esses mesmos problemas. Alguns que perderem tudo. 

Nunca vou me esquecer de uma senhora em especial. Acho que aprendi muito com ela. Embora não me recorde de nenhuma história específica, ela me marcou de uma maneira muito forte. Dona Carmen... ela estava sempre catando papel em uma certa altura da Av. Getúlio Vargas. Era uma pessoa sábia. Especialmente dadas as circunstâncias. Me lembro que não tinha todos os dentes e estava sempre com o cabelo preso e cheio daqueles cabelinhos pra cima. Tinha um sorriso lindo (apesar da falta dos dentes) e sempre ficava muito feliz quando chegávamos. Se fechar os olhos ainda consigo ver seu rosto. Tinha um carinho especial pelo Vinícius e braços sempre abertos pra um abraço especial. Cada vez que conversávamos era uma lição de vida.

Poucos meses atrás eu a vi em um ponto de ônibus da Av. Rio Branco. Pensei, pensei e decidi cumprimentar. Ela estava conversando com uma moça. Eu as interrompi e ela obviamente não se lembrava de mim. Mas falei da ronda e ela lembrou do trabalho (e do Vinícius rs). Ela disse que sentia muita falta da gente e até das ruas, que teve um problema de saúde e agora tinha que ficar em casa. Fiquei muito feliz em revê-la, porque nem sabia se estava viva. 

Se um dia eu conseguir realizar meu sonho e propósito nessa vida (e de fato trabalhar com direitos humanos) vou dedicar minha conquista à Dona Carmen, que tanto me ensinou e provavelmente nem sabe.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Direitos humanos para... todo ser humano!



Sabe por que eu defendo os direitos humanos? Porque sou contra a ridícula frase "direitos humanos pra humanos direitos". Porque eu acredito que independente da pessoa ser um "criminoso" ou não, antes disso ele é, sim, um ser humano. Quer você goste ou não. E a pena dele não pode ir além daquela que ele deve cumprir e isso não envolve estar submetido a condições desumanas em presídios superlotados e nem sofrer agressões de policiais truculentos. 

Fico triste cada vez que uma pessoa supostamente ciente do que acontece no mundo me pergunta se defendo direitos humanos pra defender bandido. 

Porque além de todos esses motivos elencados acima (que envolvem, sim, os tais bandidos), eu defendo os direitos humanos de todos aqueles que são excluídos e marginalizados na sociedade. Eu defendo os direitos dos negros, eu defendo os direitos das pessoas LGBTs, eu defendo os direitos das mulheres, eu defendo os direitos daqueles que passam fome enquanto você tem sua mesa farta, eu defendo os direitos daqueles que trabalham em condições análogas às de escravos e eu vou continuar defendendo todas essas pessoas e quem mais se mostrar excluído e marginalizado. Se eu pudesse escolher meu trabalho dos sonhos, seria, sim, trabalhar diretamente com direitos humanos. Aliás, seria não: será! 

E podem continuar falando por aí que eu defendo "bandido" se quiserem, eu não vou mudar por causa disso. 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Sobre sucesso e futuro profissional



Há dias venho sentindo vontade de escrever por aqui. Meu filhote anda meio abandonado muito mais por falta de inspiração do que por falta de tempo. Este tem sido curto sim, mas quando queremos algo encontramos um jeito de colocar as mãos na massa. O fato é que a correria do dia-a-dia pode nos fazer seguir em frente meio que no automático e isso é bem ruim. Por sorte eu voltei a meditar e ando refletindo muito sobre a vida, o mundo, o futuro e mais um tanto de coisas que passam pela minha cabeça naturalmente reflexiva...

Recentemente fiz um questionamento no Facebook relativo à obrigatoriedade de querer ser "bem sucedido" profissionalmente. Eu sinto que as pessoas não refletem sobre si mesmas e sobre o que querem para si. Apenas seguem a massa como uma manada que anda junto sem nem saber direito que líder está guiando (não que eu ache que na natureza seja assim, é apenas uma analogia). 

Para a minha alegria, meus amigos de Facebook são mais reflexivos que a maioria, ao que parece. Que bom! 

O fato é que parece que estamos sempre sendo cobrados e nos cobrando ainda mais. E é difícil ir contra o que parece certo e previamente moldado. São tantos discursos que às vezes fica difícil saber no que acreditar. 

Profissionalmente falando tem aqueles que buscam meramente a estabilidade, em sua maioria através de concursos públicos. Tem também aqueles que pregam o tal do "faça o que você ama" (e um monte de gente que já está ganhando dinheiro em cima desse discurso, supostamente ensinando como "rentabilizar" um sonho e ficar rico fazendo o que se gosta). Tem aqueles que escolhem a profissão com base no possível retorno financeiro e do status que aquilo pode gerar. 

Enfim, as maneiras são muitas, mas a maioria sempre está pregando (como Igreja mesmo) o que precisamos fazer pra ser bem sucedidos, como se não fosse possível uma ideia diferente de sucesso que não envolva muito dinheiro, status ou bens materiais. Por que tão pouca gente parece ver essa possibilidade como possível ou saudável? Por que o próprio discurso do "faça o que você ama" parece sempre levar à necessidade de ser "foda" e ganhar muito dinheiro com isso? Isso sem comentar que as pessoas que pregam esse discurso por aí excluem completamente dele a maioria esmagadora de pessoas normais (e pobres, no geral) que dependem de trabalhar pra comer. Mas isso já é assunto pra outro post. Aliás, esse assunto poderia gerar vários posts. 

Eu tenho um sonho profissional. Uma vontadezinha no meu íntimo que parece um chamado. E eu quero correr atrás dele. Mas isso não quer dizer que essa seja minha única opção e muito menos que sou obrigada a perseguir esse sonho como se fosse minha única possibilidade de felicidade. Isso não quer dizer nem mesmo que eu tenho que usar todas as minhas energias pra alcançar isso. 

Sinceramente? O mundo é um lugar de infinitas possibilidades (infelizmente não para todos...vale lembrar)! Eu tenho, sim, um sonho profissional, mas ao lado dele eu tenho diversos outros sonhos que eu não vou deixar pra viver só depois que já tiver o tal do "sucesso profissional" (que aliás, pra mim, é muito diferente do que a maioria prega). Eu tenho algumas ideias sobre o caminho a seguir, mas eu não tenho um futuro previamente planejado, com cada passo traçado e etc. Por sinal, quem acha que tem isso deve parar e refletir, porque a vida, por natureza, é incerteza. E sabe de uma coisa? Essa incerteza é uma das partes mais incríveis da vida! 

:)

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Keep dreaming


That's why I will never ever stop dreaming and working on my dreams :)

"Eu prefiro olhar para trás em minha vida e dizer 'eu não acredito que eu fiz aquilo' ao invés vez de dizer 'eu queria ter feito aquilo'. É por isso que eu nunca vou parar de sonhar e trabalhar em meus sonhos".

Nada é impossível! Nós podemos e devemos lutar pelo que acreditamos sempre.

Façamos um semana incrível! Bom dia!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Meu sonho?


Meu sonho? O que eu gostaria de verdade? O que mais me realizaria nesse mundo? Eu sei muito bem. Direitos Humanos. Aqueles tais direitos que as pessoas têm pelo simples fato de serem pessoas. Aqueles muitas vezes esquecidos, que poucos têm de verdade. A única coisa pela qual eu realmente me apaixonei na Faculdade de Direito. Se alguém souber um caminho, me aponte. Porque o maior sonho que tenho nessa vida, é defender os direitos daqueles que não têm força suficiente para defender a si mesmos.