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sexta-feira, 18 de março de 2016

Um desabafo sobre empatia, individualismo e corrupção


Nesses dias de ânimos exaltados tenho pensado muito sobre empatia. Essa palavrinha carregada de tantas coisas boas. Empatia significa resumidamente a capacidade de se colocar no lugar do outro, de "sentir o que sentiria uma outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela"*. Enfim, é algo que poucas pessoas tem se mostrado capazes de praticar.

A verdade é que quando alguém vem com o discurso de que determinada minoria pratica "mimimi" é pura falta de empatia. Quando se reclama da luta contra homofobia, machismo, racismo, por exemplo, tentando desmerecer tais movimentos, se está apenas demonstrando o quanto se é limitado intelectual e psicologicamente no sentido de não ter capacidade de sair da própria realidade e buscar se colocar no lugar do outro. 

Frases como:

- "Feminista é tudo chata, veem machismo em tudo, não posso nem cantar mulher na rua que sou tachado de machista" 
- "Não sou preconceituoso, mas não acho normal. Mulher com mulher até vejo, mas homem com homem, acho nojento"

Apenas demonstram o quanto alguns seres humanos são incapazes de enxergar além do próprio umbigo. 

Essa onda anti-corrupção faz parecer que este seria o pior problema do Brasil. Vamos colocar os pés no chão: ninguém em sã consciência vai sair por aí defendendo corrupção, mas achar que ela é o maior problema do país e que é praticada apenas por um partido é não apenas ignorância, mas em alguns casos até falta de caráter e hipocrisia. 

A corrupção me parece muito mais efeito do que causa de qualquer problema. Sua causa me parece residir muito mais na falta de empatia e no individualismo. As pessoas só se juntam e fingem pensar umas nas outras quando um "inimigo comum" é construído - seja um regime, uma pessoa ou uma "chaga social". Mas no dia-a-dia, todos querem vantagens para si, querem se dar bem e parecem não se importar com o resto do mundo. 

Enquanto não houver uma mudança cultural, na educação, na forma como as pessoas enxergam umas as outras, nada vai mudar. Enquanto o sistema for burocrático num nível em que seja mais difícil se ajustar a ele do que viver à sua margem, em que o "jeitinho brasileiro" seja comemorado, em que não exista empatia nenhuma pelo próximo, em que as pessoas continuem achando que podem determinar como as outras se sentem ou deveriam se sentir diante de situações preconceituosas, nada vai mudar de fato. Aliás, ainda é possível que as coisas piorem. 

Já passou da hora das pessoas refletirem com a própria cabeça e não com a cabeça dos outros, de colocar "a mão na consciência" e avaliarem os próprios defeitos e de que forma podem ajudar o país e o mundo. 

Com esse texto, não quero atacar ninguém, acho que é mais um desabafo do que qualquer outra coisa. São apenas reflexões de alguém que se cansou de ver tanta gente incapaz de enxergar para além do próprio mundinho limitado. 


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Sobre passado, presente e futuro

Ah o tempo... esse implacável! Nos faz crescer, viver, sofrer, envelhecer, amadurecer.

Finais e inícios de ano sempre me fazem refletir muito. E este texto é resultado dessas reflexões.


Primeiramente, o ontem. Acredito que nunca devemos nos prender ao passado. Devemos sim aprender lições e buscar não cometer os mesmos erros, mas nunca olhar pra trás com pesar ou nos considerando pessoas ruins pelo que fizemos ou deixamos de fazer. Afinal, a pessoa que fomos ontem não é a mesma que somos hoje, então de nada adianta olharmos para trás julgando nossos atos com os olhos do presente.


E o agora? É só ele que de fato temos. Precisamos ser felizes no presente, dentro das circunstâncias em que nos encontramos, com o que somos e com o que temos. Por isso é tão importante buscarmos olhar de forma positiva para a vida. Você que está lendo esse texto provavelmente é tão privilegiado quanto eu pelo simples fato de poder fazer essas reflexões. Sorria :)


Por fim, o amanhã. Muitas pessoas que falam sobre a importância de viver no presente parecem não pensar muito sobre o futuro. Porém, acredito que parte de ser feliz no agora tem relação com o futuro: a motivação é algo que pode trazer felicidade no presente. Explico: é importante construirmos bases para o depois; trabalharmos pelo que virá; termos objetivos que nos motivem a seguir adiante e nunca estagnarmos. Seja na vida pessoal, profissional, espiritual... 

Por isso precisamos estar sempre atentos pra não nos perdermos. Nem no passado, nem no presente e nem no futuro. Sigamos, então, aprendendo com o passado, sendo felizes no presente e construindo bases para o futuro que desejamos. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Você não pode salvar ninguém


A gente nunca pode ajudar ninguém se a própria pessoa não enxergar que existe um problema.

Podemos dar mil murros em ponta de faca que se ela não decidir mudar por si mesma nada vai acontecer. Jamais poderemos salvar alguém de si mesmo.

Eu demorei pra perceber isso. E demorei mais ainda pra aceitar. É difícil acreditar que alguém que amamos não tenha "salvação". Mas é assim que a vida é.

Algumas pessoas são simplesmente difíceis de conviver. Mas penso que acima de tudo são difíceis pra si mesmas. 

Pessoas pessimistas, pessoas estressadas, pessoas capazes de contaminar toda energia do ambiente. 

Se fazem isso com os outros, imagina o que fazem consigo mesmas?


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Um dos meus maiores orgulhos: ter participado da ronda

Eu sempre senti necessidade de fazer algo pelas pessoas. Embora a gente normalmente tenha tendência de reclamar das coisas e se ver insastisfeito com a vida, eu sempre mantive meus olhos abertos aos problemas reais do mundo. Muitos de nós somos privilegiados, embora não gostemos de admitir isso. 

Não sei exatamente quantos anos fazem (a nossa memória pode nos trair de vez em quando), mas em algum momento do meu ativismo no movimento espírita eu decidi participar da ronda, que era um trabalho que um grupo de amigos fazia levando alimentos e ouvidos aos moradores de rua do Centro de Juiz de Fora. 

Lembro como se fosse hoje. Acontecia sempre nas terças-feiras, de 15 em 15 dias. Tinhamos um caminho pré-estabelecido que começava na antiga Av. Indepedência, em frente ao Banco HSBC e terminava perto do Santa Cruz Shopping. Se me lembro bem, começava por volta de 19h30 (ou 20h?) e terminava por volta das 22h/22h30. Era uma boa caminhada e encontravamos bastante gente. Geralmente levavamos pão com mortadela e suco ou leite com achocolatado dependendo da temperatura da época.

Aquele trabalho foi uma das coisas mais gratificantes que já fiz na vida. O mais impressionante era perceber que as pessoas faziam muito mais questão de conversar do que de comer. Muitas vezes deixavam o pão de lado e dedicavam vários minutos do tempo delas a nos contar histórias. Era nítido que mais do que comida, elas precisavam ser ouvidas. 

Essas pessoas passam despercebidas por muita gente. São simplesmente ignoradas pela sociedade. Me entristece dizer que muitas vezes passam despercebidas por mim também. Nossos condicionamentos são muito fortes. 

Muitas vezes era difícil segurar as lágrimas diante das histórias que eles contavam. Muita gente que se viu em meio às drogas e achou melhor abandonar a família a trazer mais sofrimento para eles. Muitos que foram simplesmente expulsos por esses mesmos problemas. Alguns que perderem tudo. 

Nunca vou me esquecer de uma senhora em especial. Acho que aprendi muito com ela. Embora não me recorde de nenhuma história específica, ela me marcou de uma maneira muito forte. Dona Carmen... ela estava sempre catando papel em uma certa altura da Av. Getúlio Vargas. Era uma pessoa sábia. Especialmente dadas as circunstâncias. Me lembro que não tinha todos os dentes e estava sempre com o cabelo preso e cheio daqueles cabelinhos pra cima. Tinha um sorriso lindo (apesar da falta dos dentes) e sempre ficava muito feliz quando chegávamos. Se fechar os olhos ainda consigo ver seu rosto. Tinha um carinho especial pelo Vinícius e braços sempre abertos pra um abraço especial. Cada vez que conversávamos era uma lição de vida.

Poucos meses atrás eu a vi em um ponto de ônibus da Av. Rio Branco. Pensei, pensei e decidi cumprimentar. Ela estava conversando com uma moça. Eu as interrompi e ela obviamente não se lembrava de mim. Mas falei da ronda e ela lembrou do trabalho (e do Vinícius rs). Ela disse que sentia muita falta da gente e até das ruas, que teve um problema de saúde e agora tinha que ficar em casa. Fiquei muito feliz em revê-la, porque nem sabia se estava viva. 

Se um dia eu conseguir realizar meu sonho e propósito nessa vida (e de fato trabalhar com direitos humanos) vou dedicar minha conquista à Dona Carmen, que tanto me ensinou e provavelmente nem sabe.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Direitos humanos para... todo ser humano!



Sabe por que eu defendo os direitos humanos? Porque sou contra a ridícula frase "direitos humanos pra humanos direitos". Porque eu acredito que independente da pessoa ser um "criminoso" ou não, antes disso ele é, sim, um ser humano. Quer você goste ou não. E a pena dele não pode ir além daquela que ele deve cumprir e isso não envolve estar submetido a condições desumanas em presídios superlotados e nem sofrer agressões de policiais truculentos. 

Fico triste cada vez que uma pessoa supostamente ciente do que acontece no mundo me pergunta se defendo direitos humanos pra defender bandido. 

Porque além de todos esses motivos elencados acima (que envolvem, sim, os tais bandidos), eu defendo os direitos humanos de todos aqueles que são excluídos e marginalizados na sociedade. Eu defendo os direitos dos negros, eu defendo os direitos das pessoas LGBTs, eu defendo os direitos das mulheres, eu defendo os direitos daqueles que passam fome enquanto você tem sua mesa farta, eu defendo os direitos daqueles que trabalham em condições análogas às de escravos e eu vou continuar defendendo todas essas pessoas e quem mais se mostrar excluído e marginalizado. Se eu pudesse escolher meu trabalho dos sonhos, seria, sim, trabalhar diretamente com direitos humanos. Aliás, seria não: será! 

E podem continuar falando por aí que eu defendo "bandido" se quiserem, eu não vou mudar por causa disso. 

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Fiz vinte seis - o que aprendi até agora


Eu acredito que maturidade tem pouco a ver com idade e muito mais relação com a forma como lidamos com as experiências pelas quais passamos e nossa capacidade de observar e aprender com as experiências das pessoas à nossa volta. Por isso vejo muita gente nova que se mostra muito mais amadurecida do que pessoas que já passaram por muito mais coisas na vida. E também por isso acredito que argumentos que envolvem idade não fazem muito sentido.

Terça-feira foi meu aniversário. 26 anos. Mais perto dos 30 do que dos 20. Como esse tipo de data traz muitas reflexões, decidi compartilhar com vocês algumas das coisas que aprendi ao longo do tempo e que, de algum forma, foram úteis pra mim.

1) Aprendi a me importar cada dia menos com a opinião dos outros. Existem situações em que o que fazemos afeta outras pessoas e por isso é preciso levar o ponto de vista delas em consideração, mas na maioria das vezes o que decidimos para nós e a forma como levamos nossa vida diz respeito apenas a nós mesmos e não faz sentido nos importarmos com o que os outros pensam ou dizem se eles não estão sendo afetados pelo que fazemos. Nem sempre é fácil, mas ser honesta comigo mesma sempre me faz sentir que estou no caminho certo. 

2) Aprendi a seguir meu coração. A sociedade tem muitas receitas prontas sobre como devemos levar nossa vida e quais são os objetivos que uma pessoa deve alcançar ao longo de sua existência. Sempre achei isso tudo muito limitado e limitador. Por isso levo minha vida de acordo com o que acredito e, de forma geral, isso é muito diferente do que a sociedade prega. Por isso o ponto 1 é tão importante pra mim. 

3) Aprendi que o minismalismo pode me tornar uma pessoa melhor. Entre muitas coisas, o minimalismo me tornou uma pessoa mais consciente em relação ao sistema capitalista e como ele pode afetar negativamente o mundo. Isso me fez perceber que o tipo de vida que quero viver não é essa que a maioria das pessoas está acostumada a viver. Dizem que se todo mundo fosse minimalista o mundo entraria em colapso. Não tenho dúvidas de que a crise atual do sistema seria muito pior, porque hoje, pelo menos, as pessoas ainda querem consumir, embora nem sempre possam. Mas eu acredito que crises existem pra que seja possível rever antigos modelos e modificá-los. O consumo desenfreado só traz vantagens a quem já tem um mundo de privilégios. Ao cidadão comum, esse "american way or life" só serve para gerar dívidas e mais dívidas. E é por isso que eu fujo disso como o diabo foge da cruz! 

4) Aprendi que o conhecimento é umas das coisas mais importantes e valiosas que alguém pode acumular. Por isso nunca me conformei com o afunilamento do conhecimento. O mundo profissional parece exigir cada vez mais especializações e cada dia mais as pessoas sabem muito de quase nada e não é esse tipo de conhecimento que desejo pra mim. Obviamente é necessário escolher um caminho a seguir rumo a ele, mas eu não me limito a isso. Gosto de conhecer outras coisas e me aventurar fora da "minha área". Por isso gosto tanto de documentários e me interesso por assuntos tão diferentes uns dos outros.

5) Aprendi que outra coisa muito valiosa que podemos acumular são experiências. Seja com viagens ou dentro de nossas própria cidade é sempre maravilhoso fazer coisas diferentes e aprender ao máximo com elas. Por isso tento nunca me limitar ao que faço rotineiramente e busco sempre coisas diferentes. 

6) Além disso, uma terceira coisa extremamente valiosa - e que nunca é demais - são os relacionamentos que estabelecemos com as pessoas. Desde a adolescência, eu sempre tive um cuidado muito grande com minhas amizades e com a forma como trato cada pessoa que passa pela minha vida. Talvez isso se deva ao fato de que não fui uma criança ou adolescente muito popular, eu não tinha muitos amigos. E isso me ensinou o valor que cada pessoas individualmente tem em nossas vidas e por isso nunca deixo de dedicar um tempo àqueles que quero bem. 

7) Aprendi que a vida é muito curta pra desperdiçarmos apenas com estudos ou trabalho. Afinal de contas a gente nunca sabe como vai ser o dia de amanhã. A vida profissional é importante, mas como já falei em texto anteriores, está longe de ser a coisa mais importante na vida (pelo menos pra mim). Por isso, vocês nunca me verão dedicando 100% do meu tempo à isso, simplesmente porque a vida é muito maior do que a nossa necessidade de fazer dinheiro ou mesmo de acumular conhecimento (sim, tenho amor pelo conhecimento, mas também tenho amor por muitas outras coisas, especialmente por pessoas).

8) Aprendi que a forma como as pessoas lidam com o que falamos ou fazemos com elas é responsabilidade nossa, mas também é responsabilidade delas. É preciso cuidado no trato com as pessoas. Não podemos agir como se nossas atitudes não tivessem consequências ou como se pudéssemos falar o que bem entendemos sempre. As pessoas tem sentimentos e histórias de vida que não podemos nem imaginar (por mais que às vezes as conheçamos muito bem). Mas ao mesmo tempo não somos responsáveis pela forma como elas encaram as coisas se tomamos todos esses cuidados. Eu percebo que muitas pessoas tem atitudes exageradas em muitas situações e nós não temos controle sobre isso. Por isso, se temos a consciência tranquila de que agimos da melhor maneira possível pra não ferir os outros, não somos culpados caso isso aconteça.

9) Aprendi que não temos direito de tentar mudar ninguém. As pessoas são como elas são e só vão mudar quando elas quiserem essa mudança. Você pode conhecer alguém que sempre tem relacionamentos destrutivos, alguém que sempre se joga de maneira pouco saudável nos relacionamentos, alguém que acha que pode tratar as pessoas como bem entender e etc... muitas são as possibilidades de características de pessoas que você tem vontade de ajudar, mas por mais que você fale, isso só vai acontecer quando elas mesmas perceberem a necessidade de mudança. E isso pode nunca acontecer. Cabe a você aprender a lidar com isso. Afinal de contas as pessoas que tem algumas características que você considera problemáticas podem ser as mesmas que se divertem com você ou que se mostram presentes quando você precisa. Então quem deve aprender a lidar com isso é você - não são elas que devem mudar porque você acha que isso é o melhor pra elas. 

10) Como esse texto tá ficando grande demais, vou acrescentar só mais um ponto. Aprendi que ser feminista e me orgulhar disso é uma das melhores coisas que me aconteceu. Mas é difícil conviver diariamente com as pessoas que não enxergam o machismo que ainda existe na sociedade. Tão difícil quanto é lidar com pessoas que se dizem feministas, mas que na verdade são apenas "femistas" ("femismo" é o contrário de machismo). A luta por igualdade é - e vai continuar sendo - uma luta diária e muito maior do que qualquer pessoa ou movimento, por isso vou ter sempre orgulho de acreditar na igualdade!

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Sobre sucesso e futuro profissional



Há dias venho sentindo vontade de escrever por aqui. Meu filhote anda meio abandonado muito mais por falta de inspiração do que por falta de tempo. Este tem sido curto sim, mas quando queremos algo encontramos um jeito de colocar as mãos na massa. O fato é que a correria do dia-a-dia pode nos fazer seguir em frente meio que no automático e isso é bem ruim. Por sorte eu voltei a meditar e ando refletindo muito sobre a vida, o mundo, o futuro e mais um tanto de coisas que passam pela minha cabeça naturalmente reflexiva...

Recentemente fiz um questionamento no Facebook relativo à obrigatoriedade de querer ser "bem sucedido" profissionalmente. Eu sinto que as pessoas não refletem sobre si mesmas e sobre o que querem para si. Apenas seguem a massa como uma manada que anda junto sem nem saber direito que líder está guiando (não que eu ache que na natureza seja assim, é apenas uma analogia). 

Para a minha alegria, meus amigos de Facebook são mais reflexivos que a maioria, ao que parece. Que bom! 

O fato é que parece que estamos sempre sendo cobrados e nos cobrando ainda mais. E é difícil ir contra o que parece certo e previamente moldado. São tantos discursos que às vezes fica difícil saber no que acreditar. 

Profissionalmente falando tem aqueles que buscam meramente a estabilidade, em sua maioria através de concursos públicos. Tem também aqueles que pregam o tal do "faça o que você ama" (e um monte de gente que já está ganhando dinheiro em cima desse discurso, supostamente ensinando como "rentabilizar" um sonho e ficar rico fazendo o que se gosta). Tem aqueles que escolhem a profissão com base no possível retorno financeiro e do status que aquilo pode gerar. 

Enfim, as maneiras são muitas, mas a maioria sempre está pregando (como Igreja mesmo) o que precisamos fazer pra ser bem sucedidos, como se não fosse possível uma ideia diferente de sucesso que não envolva muito dinheiro, status ou bens materiais. Por que tão pouca gente parece ver essa possibilidade como possível ou saudável? Por que o próprio discurso do "faça o que você ama" parece sempre levar à necessidade de ser "foda" e ganhar muito dinheiro com isso? Isso sem comentar que as pessoas que pregam esse discurso por aí excluem completamente dele a maioria esmagadora de pessoas normais (e pobres, no geral) que dependem de trabalhar pra comer. Mas isso já é assunto pra outro post. Aliás, esse assunto poderia gerar vários posts. 

Eu tenho um sonho profissional. Uma vontadezinha no meu íntimo que parece um chamado. E eu quero correr atrás dele. Mas isso não quer dizer que essa seja minha única opção e muito menos que sou obrigada a perseguir esse sonho como se fosse minha única possibilidade de felicidade. Isso não quer dizer nem mesmo que eu tenho que usar todas as minhas energias pra alcançar isso. 

Sinceramente? O mundo é um lugar de infinitas possibilidades (infelizmente não para todos...vale lembrar)! Eu tenho, sim, um sonho profissional, mas ao lado dele eu tenho diversos outros sonhos que eu não vou deixar pra viver só depois que já tiver o tal do "sucesso profissional" (que aliás, pra mim, é muito diferente do que a maioria prega). Eu tenho algumas ideias sobre o caminho a seguir, mas eu não tenho um futuro previamente planejado, com cada passo traçado e etc. Por sinal, quem acha que tem isso deve parar e refletir, porque a vida, por natureza, é incerteza. E sabe de uma coisa? Essa incerteza é uma das partes mais incríveis da vida! 

:)

sexta-feira, 20 de março de 2015

Desafio Hypeness - Uma semana sem redes sociais


Então eu resolvi aceitar o desafio do Hypeness (este desafio). Aliás, esses desafios deles são muito legais! O próximo que vou fazer é o de ficar sem reclamar uma semana (difícil...).

Quinta a noite decidi que começaria sexta-feira e decidi narrar aqui no blog. Bom, na verdade tem sido bem fácil ficar longe de praticamente todas as redes sociais. Eu só sinto falta do Facebook, embora já tenha entrado duas vezes (em três dias) foi por forças maiores do que eu - e isso ainda é bem menos do que ficar entrando toda hora. Instagram não me faz falta e nem o Pinterest. A única rede social que excluí do desafio foi o WhatsApp, porque nunca tenho crédito no celular e uso o wpp pra falar com a maioria das pessoas e, afinal, a ideia não é se isolar e ficar sem falar com ninguém. Além disso não sou do tipo que tem paciência pra ficar o dia inteiro conversando através dele. 

Enfim, vamos ao que rolou na semana:

1o dia: sexta-feira - já tive um impedimento e tive que entrar no bendito Facebook. Mas foi realmente necessário, porque envolvia uma oportunidade de emprego. Aí aproveitei pra responder uma outra mensagem, mas foi só, não olhei as notificações. 

2o dia: sábado - tive um dia bastante agradável e foi até tranquilo ficar longe de todas as redes.

3o dia: domingo - tive que entrar no facebook de novo porque encontrei uma amiga na rua e ela disse que tinha mandado mensagem num grupo que participo combinando uma comilança (nenhuma das pessoas do grupo me respondia no wpp - triste!); tive que entrar de novo por conta do mesmo motivo de sexta-feira (tirar uma dúvida sobre a oportunidade de emprego). Por isso decidi reinstalar o messenger no celular pra não ter que ficar entrando no Facebook em si. Bem, o que me consola é que realmente só olhei as mensagens que precisava em todas essas vezes que entrei. 

4o dia: segunda - precisei entrar no face pra adicionar uma pessoa que preciso mandar uma mensagem. Mas uma coisa é certa: quando essa semana acabar, vou limitar meu acesso a meia hora por dia. Já tentei isso uma vez e não deu certo, mas dessas vez vou me esforçar pra dar.

5o dia: terça - nada de face! E pensando seriamente em entrar apenas de "dia sim dia não" depois do desafio! 

6o dia: quarta - nada de face de novo. E as outras redes continuam não fazendo a menor falta. Fico pensando se devo sair de alguma...

7o dia: quinta - gente, último dia. Nem acredito que consegui. Confesso que hoje senti muita vontade de entrar no Facebook por não estar num estado de espírito muito bom. Mas resisti. Ponto pra mim! Estou pensando mesmo em mudar minha relação com todas as redes. Inclusive Instagram e Pinterest.

Apenas um adendo: não recebo e-mails do Facebook, mas ontem e hoje eles me mandaram dois perguntando se conheço determinadas pessoas. Você fica sem entrar e eles dão um jeito de te forçar hahahahha Tá doido. 

"Mariana, você tem 95 novas notificações, 3 opções "Curtir" em uma publicação em que você foi marca..." Taí um dos primeiros e-mails que vi hoje. Só rindo, né? hahahahha

Enfim, desafio de uma semana sem redes sociais cumprido! No fim das contas só fiquei mesmo com o wpp e o messenger e não me arrependo. Decidi excluir o perfil do instagram que tinha criado para o blog e vou postar no meu pessoal quando tiver algum post novo por aqui. Além disso, decidi entrar no Facebook só segunda, quarta e sexta e por tempo limitado (1h no máximo). Estou feliz com as minhas decisões e senti que tive uma semana bem mais produtiva do que quando me rendia ao vício. 

E vocês, já tentaram algum desafio parecido? Sofrem com esse tipo de vício?


sábado, 28 de fevereiro de 2015

Meditação e Yoga


Amanhã vai fazer um mês que eu recomecei a fazer yoga diariamente e comecei a fazer meditações guiadas (também diariamente). Resolvi falar sobre isso porque tem me feito um bem enorme e sei que pode fazer bem para outras pessoas. 

Estou numa fase bastante difícil da minha vida. Recém-formada, ainda não consegui emprego e não quero ficar tendo que receber ajuda dos meus pais por muito tempo mais. Quero minha independência financeira assim como consegui minha independência emocional em 2014. 

Essa poderia ser a receita da ansiedade e até de um certo desespero. Mas graças à yoga e à meditação tenho conseguido me manter bastante equilibrada e tranquila com tudo que tem acontecido e que possa vir a acontecer nos próximos dias e até meses. Inclusive recebi alta do meu analista, coisa que em um momento como esse poderia ser complicado. 

Enfim, escrevo tudo isso para que você que está em um momento ruim, possa buscar uma forma de se manter tranquilo, em paz consigo mesmo e com o mundo, estar verdadeiramente no momento presente e, ao mesmo tempo, construindo um "eu" mais sereno para o seu futuro.

E para você que já está em um momento tranquilo e feliz recomendo yoga e meditação da mesma forma. Nunca é demais buscar paz e autoconhecimento no dia-a-dia.

Namastê.

:)

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Faça o que você ama. Será?

(imagem retirada de um link que vale a pena checar)

Hoje eu venho escrever sobre um tema que muitos talvez pensem ser contraditório com minha crenças sobre vida e felicidade. Em uma visão superficial posso realmente passar essa impressão de contradição. Não vejo muita gente falando isso pelos blogs e sites na internet que costumo ler (e não me lembro de já ter escrito sobre isso aqui no bloguinho), mas essa "filosofia" do "faça o que você ama" tem me incomodado bastante. Eu não acho que ninguém deva trabalhar com algo que odeie, mas essa obrigação de transformar o que você gosta em algo que te renda dinheiro é muito bizarra pra mim. 

Explico: um dos objetivos principais de se ter um trabalho e se dedicar a uma carreira é se sustentar no mundo capitalista, o que se dá através do dinheiro recebido por esse trabalho. Outros objetivos tão importantes quanto, podem existir e variar de pessoa para pessoa: como a necessidade de ser bem sucedido profissionalmente (seja medindo por meio do salário ou de reconhecimento - ou de ambos), ou a necessidade de trabalhar em algo com propósito (um trabalho com propósito é aquele que você faz não apenas para receber um salário, mas também pra ajudar as pessoas e melhorar o mundo - podem existir outras definições, mas essa é a minha), ou qualquer outro objetivo que você puder pensar. 

O "faça o que você ama", na minha opinião, tem dois problemas principais: primeiro, quem defende isso faz parecer que é muito fácil, que basta querer, se sentir motivado e fazer um bom planejamento que você tem a receita do sucesso; segundo, fica parecendo que como você faz o que ama, pode fazer isso todo o tempo e ter dedicação integral, você não precisa ter hobbies nem vida pessoal porque o seu trabalho já te preenche. Eu posso estar exagerando na minha interpretação, mas levando a coisa ao extremo, é isso que me parece. 

Em primeiro lugar, motivação não te faz chegar a lugar nenhum se você não tiver disciplina e foco. Eu, por exemplo, me sinto bastante motivada a desenhar e fotografar e nem por isso virei fotógrafa ou vou virar desenhista/ilustradora. O discurso da motivação é muito bonito. Mas nem de longe ela é suficiente e imprescindível. Uma pessoa disciplinada, que sabe o que quer, tem muito mais capacidade de alcançar seus objetivos do que uma pessoa simplesmente motivada, mas dispersa. 

Em segundo lugar, quando você transforma um hobbie em uma profissão, no seu "ganha pão", saiba que a sensação de estar fazendo aquilo não vai ser a mesma, porque você vai ter obrigações específicas, prazos a cumprir, clientes com quem lidar e etc, como outra profissão qualquer, só que com a diferença de que você não acha aquilo tudo uma merda o tempo todo. 

Tudo que estou escrevendo aqui hoje é resultado de muito tempo de reflexões e conversas. Eu não pretendo, de forma alguma, trabalhar em algo que eu não goste ou que não tenha propósito pra mim e nunca vou defender que ninguém faça isso. Mas também não pretendo transformar meus hobbies em profissões (pelo menos não a curto prazo hahahaha). Eu quero continuar tendo meu trabalho e meus hobbies, não gostaria de ter um trabalho em tempo integral, porque a vida é muito mais do que um emprego ou uma profissão e, particularmente, eu gosto que seja assim. 


O texto que me inspirou a finalmente escrever sobre isso não tem relação direta com o assunto, mas associações interessantes são possíveis. Foda-se a motivação, o que você precisa é disciplina

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Busque a sua própria forma de felicidade


Às vezes é difícil ser quem você realmente é. O mundo parece tentar te esmagar, algumas pessoas parecem lutar contra a sua felicidade. Ou ao menos você se sente dessa forma. Mas o fato é que cabe a você encontrar sua própria forma de felicidade.  

As pessoas dizem muitas coisas. A sociedade diz muitas coisas. Que a felicidade depende de quanto dinheiro você ganha, de que coisas você tem, do seu sucesso profissional ou das viagens que você faz. 

Eu arrisco a dizer que nada disso traz realmente felicidade. Nem mesmo as viagens, que abrem tanto a mente. Porque por mais clichê que seja, felicidade vem de dentro. Se você não a encontra dessa forma, não importa o que faça, nada vai adiantar. 

E é por isso que autoconhecimento é tão importante. Só através dele você será capaz de se compreender e descobrir que tipo de vida te fará feliz. Quando você se encontra e entende o que quer pra você a felicidade já começa, porque o seu caminho se inicia a partir desse autodescobrimento. 

Para algumas pessoas, o caminho vai na contramão do que a sociedade prega como melhor. Na verdade, é possível que todos tenham um caminho diferente do que pregam por aí. O problema é que poucos realmente estão dispostas a se conhecer.

O mundo corrido em que vivemos, com tantas informações o tempo todo, impede que nos voltemos para dentro. Poucos parecem decidir se conhecer, se compreender, se melhorar. Entretanto, quem deseja ser feliz, precisa disso. Não adianta buscar em nada externo. 

Infelizmente, muitos parecem estar mais dispostos a apontar o que o outro deve fazer para ser feliz do que buscar isso para si mesmos. E é aí que você precisa estar atento para não confundir o que querem te impor como felicidade com o que você realmente deseja. Quando encontrar o seu caminho, seja firme, porque muitos tentarão te fazer mudar. 

E por favor, quando você encontrar a sua forma de ser feliz, não cometa o mesmo erro que cometeram com você: não tente impor esta forma a ninguém. Porque cada um sabe os caminhos que deseja (ou não) trilhar para se sentir bem e em paz consigo mesmo. E isso é grande parte da felicidade que todos queremos alcançar.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Por favor, não se conforme.


Eu não me conformei. Por favor, você não se conforme. 

Acredito que todos nós temos algumas tendências negativas das quais não é fácil nos livramos, seja porque "nascemos assim" ou porque "fomos criados assim". Tem aquele que tende a olhar sempre o lado ruim de tudo - o pessimista; aquele que não acredita em si mesmo por nada no mundo - autoconfiança? Que palavra é essa?; aquele que está sempre se comparando com os outros e sempre se achando ruim - auto-estima zero; e por aí vai. 

Nem sempre é fácil viver nesse mundo - eu bem o sei. Já me encaixei muito naquele tipo de pessoa sem autoconfiança nenhuma em si mesma. Hoje sou bem diferente disso. É por isso que escrevo esse texto. Escrevo pra você que se acha incapaz de mudar, que acha que nasceu assim e vai morrer assim. Escrevo pra você que, no fundo, é um conformado. 

A sociedade nos diz muitas coisas. Entre elas, nos faz acreditar que somos do jeito que somos e pronto. Porque todo mundo quer mudança, mas todo mundo tem medo de mudança. Mais do que isso: querem sempre que ela venha de fora pra dentro, quando isso é impossível. Não é clichê: se queremos mudar algo no mundo, de fato precisamos começar por nós mesmos.

E modificar o que temos de ruim não é fácil. Primeiro de tudo, precisamos descobrir quais são esses problemas; a partir daí precisamos aceitá-los como partes de nós. Tem gente que pára nessa fase de aceitação, mas acredito que autoconhecimento passa também por automodificação, por decidirmos que tipo de pessoa queremos ser e lutarmos para alcançar isso - e não estou dizendo que vamos resolver tudo em apenas uma fase da vida.

Crescer, evoluir, se modificar, se melhorar. Acredito que esse é um dos motivos de estarmos aqui, vivos. 

Depois da aceitação, é necessário partirmos para a parte da modificação. Essa sim é a parte difícil. Felizmente acredito que muito do que somos é construído por nossos hábitos. Sobre isso, recomendo imensamente a leitura do livro O Poder do Hábito. E ao contrário do que muitos pensam, eles são modificáveis, moldáveis ao que queremos. 

Se você quer, por exemplo, juntar dinheiro para uma viagem, precisa sentar e pensar quais são os cortes que é possível fazer e fazê-los. Se quer se tornar uma pessoa produtiva, precisa criar uma rotina que o leve a alcançar isso. Tem pessoas que pensam que ter rotina é um martírio, mas ela não é uma prisão, afinal, é você que constrói a sua rotina de acordo com o que deseja pra si. Ou pelo menos deveria buscar fazer dessa forma - mesmo que tenha que trabalhar 8h/dia (e aí entram alguns problemas que eu abordei aqui) - porque sempre temos controle de, pelo menos, uma parte do nosso dia.

Não se conforme com quem você acha que é. Comece modificando seus pensamentos sobre você mesmo. Não se coloque como vítima ou como único no mundo que quer ser diferente ou fazer a diferença. Você não é. Tem um monte de gente por aí se sentindo como você. Embora sejamos seres únicos - e acredito plenamente nisso - tem sempre alguém que se assemelha a nós em algum sentido. Não brade ao sete ventos frases como "eu sou assim e não vou mudar", "eu não consigo fazer isso", "eu não sou capaz". Leia as frases novamente. Percebe como é triste pensar assim? Então pare. Como nos disse Buda, nós construímos o nosso mundo através dos nossos pensamentos. Eles tem uma força muito maior do que imaginamos. E esses pensamentos, quando exteriorizados, parecem ter uma força ainda maior de construir quem somos. 


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Balanço de 2014



É gente... mais um ano se foi! E como passou rápido! Isso me faz ter cada dia mais certeza do que importa de verdade na vida, pelo menos pra mim. Encerro o ano feliz! Muita coisa aconteceu, muita coisa mudou. Dentro e fora de mim. Alguns momentos bastante difíceis, mas sem dúvida foi um ano de muito crescimento. Me sinto cada vez mais madura e no caminho certo - afinal, se a felicidade é um caminho, tenho percorrido o meu de maneira bastante satisfatória em alguns sentidos :D

Como fiz ano passado (Resoluções de ano novo?!), este ano também vou analisar cada um dos objetivos que tracei antes de traçar novos:
  • "Formar" - sim, formei! A colação será em janeiro, mas falta apenas isso e também já passei na OAB \o/
  • "Fazer uma boa monografia" - eu gostei muito de escrever e considero que minha monografia ficou boa. Fora que não poderia ser mais atual: falei sobre a Lei de Anistia justamente no ano em que o Golpe Militar completou 50 anos!
  • "Estudar uma outra língua" - é... não foi dessa vez. E concluí recentemente que fico nervosa quando falo inglês com nativos, então preciso melhorar minha confiança com o inglês antes de partir pra próxima língua.
  • "Viajar" - não foi tanto quanto gostaria, estou precisando mesmo de uma viagem diferente (mas esse ano peguei minha primeira carona \o/ Fui pra Petrópolis - que é perto-, mas mesmo assim foi muito massa! Quero mais!)
  • "Ler, ler, ler" - isso nem preciso comentar, li bastante esse ano, mas quero aumentar ainda mais.
  • "Estudar fotografia" - infelizmente me distanciei um pouco. Continuo apaixonada por essa arte e por isso decidi vender minha câmera e comprar uma menor pra andar com ela na bolsa e não perder nenhum clique! A Lisbela tem ficado muito guardada e não faz sentido manter um objeto - por melhor que ele seja ou por mais que gostemos dele - se não o utilizamos devidamente.
  • "Poupar" - isso até que é fácil pra mim, já que cada dia mais eu tenho preguiça de comprar. Sempre penso 10 vezes antes de gastar meu dinheiro com coisas que não preciso).
  • "Continuar me dedicando aos relacionamentos, cultivar amizades etc" - isso já é algo que faz parte de mim e do que quero pra minha vida. 
  • "Continuar com o yoga e a corrida, talvez fazer uma outra coisa" - Com o yoga eu continuei. Infelizmente não com a corrida. Mas comecei a fazer natação e não poderia ter escolhido um esporte melhor pra mim!
  • "Continuar minimalizando" - as vezes me sinto um peixe fora d'água nessa sociedade consumista louca... Sinto que o minimalismo vai ser sempre uma base forte a me guiar pela vida.
  • "Preparar surpresinhas para esse bloguinho que tanto amo" - embora eu tenha negligenciado um pouco o blog nesse último mês e meio, o ano de maneira geral foi bom. Inclusive criei uma página no facebook (Miscelânea)
  • "Me tornar uma pessoa melhor" - bom, como já disse ano passado, este é um objetivo de vida e vou estar sempre buscando isso. 
  • "Um ano sem compras" - durou uns 6 meses. Mas eu não desisti porque caí em tentação. Desisti porque não era um desafio tão difícil pra mim. Quem faz isso, pelo que vejo, geralmente tem problemas pra controlar o ímpeto de comprar. Eu não sou assim. Felizmente. Gosto muito da forma como lido com isso: sempre que vejo algo que quero muito, não compro; se ficar na minha cabeça martelando por dias eu volto e, se ainda estiver na loja, compro. Em geral, eu perco a vontade. Ou seja, funciona bastante bem hahahah
Colocando tudo na balança, parece que me saí relativamente bem. Algumas coisas mudaram ao longo do ano e, com isso, alguns objetivos também. Mas gosto de pensar que não faço resoluções fechadas. Elas servem mais como um norte, me fazem pensar como tenho vivido meus dias e se estou no caminho que gostaria de estar. O que importa mesmo é que estou feliz com o meu ano. 

As resoluções de 2015 ficam para o próximo post, que virá em breve :)

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

E 2014 está chegando ao fim... :)


A trilha sonora do dia hoje definitivamente é “Happy”! Especialmente essa versão do Walk Off The Earth – eles são fodas! Sabe aqueles dias em que você pára pra refletir sobre a vida e conclui que tem muito porque ser grata? Estou me sentindo assim. Muitas reflexões sendo feitas nesses últimos dias e muitas conclusões positivas. Essa sensação deve ser uma das melhores do mundo! Gostaria de compartilhar com vocês para inspirá-los a refletir também!

Em primeiro lugar, a faculdade está chegando ao fim. Minha banca de monografia foi marcada (hoje! :D) para o dia 11/12/2014. Ou seja, depois de 6 anos de faculdade, eu vou formar. E sinto que vou formar no momento mais certo possível. Me sinto preparada pra qualquer desafio que vier. Além disso, sinto que aproveitei esses 6 anos da melhor forma possível! Academicamente falando, eu fiz o que senti que deveria fazer em cada momento: quando quis fazer menos matérias, fiz; quando quis fazer fotografia instrumental na faculdade de artes, fiz; quando quis puxar matéria nas ciências sociais, assim o fiz; quando quis matar aula, matei – porque também faz parte! –; quando quis me dedicar mais do que o estritamente necessário me dediquei. E mais, fora da academia eu vivi tudo que senti necessidade de viver em cada segundo! Fiz intercâmbio, me virei, cresci, amadureci muito e me sinto preparada para o mundo. Enfim, só alegria :D

Em segundo lugar, voltei a praticar yoga – e acho que isso é a melhor parte desse final de ano – e a força que isso tem me dado é indescritível! Cada vez que consigo ir adiante, melhorar minhas asanas, respirar melhor e meditar (essa parte ainda está bem insipiente) me sinto quase invencível, como se eu pudesse fazer tudo que quiser, mesmo que demore. E a natação contribui pra isso também. Sinto que estou melhorando a cada dia, me tornando mais rápida e aperfeiçoando a técnica. Sinto que me supero a cada momento.

Por fim, a decisão de sair de casa parece ter acontecido no momento certo. Já são quase 7 meses e sinto que junto com o intercâmbio eu nunca cresci tanto e nunca me senti tão bem comigo mesma e com a pessoa que sou e quero ser.

Acho que posso dizer que essas são minhas reflexões de final de ano hahahah Sim, gente, o ano tá acabando. E vocês, o que tem pensado sobre a vida que estão levando? Esse tipo de relfexão é muito importante para que nunca deixemos de buscar os melhores caminhos pra gente. 


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

E já se passou um ano...


Neste dia, apenas um ano atrás, eu acordei do outro lado do Oceano Atlântico, já tinha experimentado pastel de nata, já tinha conhecido as Galerias de Paris e já estava mais ou menos instalada na cidade que seria minha morada por alguns (poucos) meses. E esses "poucos" meses foram de um crescimento sem tamanho. Crescimento que talvez jamais tivesse acontecido se eu não tivesse ido para outro país com a cara e a coragem (e graças aos incentivos que recebi de todos que queriam meu bem). 

O Portinho foi a melhor coisa que já me aconteceu, foi a experiência de vida mais incrível e engrandecedora. Sempre que qualquer pessoa com dúvidas me pergunta se deve fazer intercâmbio ou não eu digo que sim, que vá sem medo ou com medo mesmo (mandando ele pro "foda-se"), porque poucas coisas na vida te farão crescer tanto quanto uma experiência como essa. 

Alguns dizem que Portugal é o Brasil da Europa e mesmo com as semelhanças, são as diferenças culturais que tornam a coisa toda ainda mais incrível. Toda vez que escuto qualquer fala naquele sotaque que aprendi a amar me dá um aperto no peito (gostoso, diga-se de passagem) que me diz sempre que tenho que voltar. E não tenho dúvidas de que voltarei, porque mesmo tendo morado no Porto por menos de 5 meses, eu sinto até hoje que lá também é meu lar. 

Pelas pessoas que conheci, pela beleza da cidade, pelas comidas (ai... aquele bacalhau com natas...) e por tudo mais que essa experiência envolveu, eu não trocaria aquela oportunidade por nada. Se pudesse viver tudo de novo, eu viveria da maneira mais intensa e verdadeira possível. 

Escrevo esse texto com lágrimas nos olhos e com a certeza absoluta de que um dia voltarei e irei novamente a todos os cantinhos incríveis daquela cidade que será sempre um lar para mim. Dizem que quando a gente viaja, deixamos casas espalhadas pelo mundo... imagina então morar num lugar como aquele em que cada esquina reserva uma beleza diferente? Ah, Portinho... jamais esquecerei de todas as experiências que vivi graças à oportunidade de morar aí...

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Gosto mesmo é de quem cuida da própria vida.


Tem gente que gosta tanto de olhar pro umbigo alheio que esquece do próprio. É chato. É cansativo. Dá preguiça. Parece que a especialidade de algumas pessoas é apontar características alheias que elas consideram erradas ou desagradáveis. Costumo dizer que já tenho trabalho suficiente com a minha própria vida, estou vivendo e não tenho tempo de cuidar do que é do outro e não me diz respeito. Tenho visto situações assim com bastante frequência. Felizmente quase nunca é comigo. Mas sempre fico me perguntando porque as pessoas gastam energia e tempo com coisas assim. 

Sei lá, minha energia positiva e o tempo que tenho pra mim e para os que amo é tão precioso pra ficar gastando com coisas pequenas e mesquinhas que prefiro não fazer parte disso. É lógico que não sou santa e por vezes me pego falando o que não devia (acontece com mais frequência em pensamento do que em ação propriamente dita), mas decidi que quero cada vez mais me policiar. Claro que é mais fácil policiar a fala, mas espero chegar num ponto em que nem pensamentos desse tipo cheguem na minha mente. 

É o minimalismo permeando a minha vida internamente: quero cortar tudo que não vale à pena. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Quase 6 meses


Gente! Daqui a uns dias vou completar 6 meses do meu "1 ano sem compras" (dia 17). Não caí em tentação nenhuma vez! Na verdade pra mim tem sido muito fácil, porque eu nunca fui uma pessoa consumista, não tenho desejos incontroláveis de comprar. Só livros, mas como tenho vários em pdf pra ler no Kindle e evito ir à livrarias (a minha preferida é a Saraiva e morro de preguiça de ir no Shopping) também não tem sido difícil. 

Me pergunto se o fato de ser fácil pra mim, e isso tornar bem menos desafiador, se eu não deveria simplesmente deixar pra lá... Estou com uma vontade enorme de comprar uma blusa há meses (baratinha para os padrões brasileiros!). Penso em abrir apenas uma exceção pra ela já que não é uma vontade repentina, já está dentro de mim há muito tempo. 

Gostaria da opinião de vocês que também se interessam por vida simples e minimalismo. Devo deixa o projeto pra lá por não ser desafiador o bastante, ou devo apenas abrir essa exceção? Ou ainda, devo esquecer a blusa e seguir com a minha vida já que não preciso efetivamente dela? 

Estou bastante inclinada a abrir só uma exceção.

Ps.: Minimalismo não é só algo legal sobre o qual gosto de ler, mas um estilo de vida que sigo e quero seguir sempre mais, por isso essas reflexões são importantes pra mim. 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

As pequenas corrupções que você acha normal (e ainda aplaude)


Se você fura fila pra ser atendido mais rápido você está sendo corrupto.

Se você não respeita o acento preferencial de idosos e gestantes você está sendo corrupto.


Se você "passa a perna" em um corretor que está apenas fazendo o trabalho dele procurando diretamente o proprietário pra pedir que ele desconte a comissão, você está sendo corrupto.


Se você aplaude quem sonega impostos e acha certo fazer isso porque "já existe muita roubalheira" você está sendo conivente com a corrupção.


Se você sonega impostos, você não só está sendo corrupto como você está cometendo um crime. Sim, você é um criminoso, porque ao contrário do que você pensa criminoso não é só o negro-favelado que está preso.


Se você acha que a corrupção é "coisa de político safado" ou você se faz de muito sonso diante das pequenas corrupções que anda cometendo ou você é burro mesmo! 


Antes de sair por aí reclamando do Brasil, repense as suas próprias crenças e atitudes, porque o Brasil é feito de brasileiros e não de políticos. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Se a moda mesmo é ser ocupado, eu escolho estar fora de moda


Quantas vezes a resposta à perguntas do tipo "como você está?", "como foi seu dia?" e "vamos marcar alguma coisa?" é "estou sem tempo" ou "estou ocupado" e variações? Quase sempre, certo? Porque a moda hoje é estar sempre com a agenda tão cheia que não seja possível fazer nada que fuja das (supostas) obrigações. Se você não for um sujeito ocupado o bastante (ou antes, bastante ocupado) você jamais será considerado bem sucedido. Será taxado de preguiçoso ou de vagabundo e daí pra pior. 

O que as pessoas parecem não entender é que ser "bem sucedido" não é um conceito universal aplicável a todas as pessoas da Terra. Sinceramente? Pode até não ser sua opinião, mas pra mim esse conceito é e deve ser pessoal. Só você sabe o que veio fazer no mundo. E se sua missão, o que faz seu coração pulsar, for algo como ajudar aqueles que você ama a alcançar o que eles acreditam que seja sucesso pra eles? Você vai ser obrigado a se inclinar às engrenagens do mundo e arrumar um emprego que lhe garanta um bom salário e falta de tempo eterna? 

Que me desculpem aqueles que acreditam que sim, mas eu não acredito. E digo por mim: eu não gosto de ter uma agenda cheia de falsas prioridades e que me impeça de fazer coisas que amo e que me fazem bem. Pra mim, prioridades são pessoas e relações. E a partir do momento que não tenho tempo pra elas, a coisa toda chamada vida perde o sentido. Se todo mundo realmente parasse pra pensar quais são suas prioridades o mundo poderia estar bem melhor. O problema é que está todo mundo sem tempo pra pensar. 

Todo mundo parece querer se sobrecarregar para ter a (falsa) sensação de ser extremamente importante e de seu trabalho ser visto como altamente relevante. Se você parar pra pensar, nem é bem assim. As coisas vão continuar acontecendo, o mundo vai continuar girando e as engrenagens vão continuar se movimentando e se encaixando mesmo que você decida ir mais devagar. 

Alguns diriam que sou muito nova e estou começando. Mas é justamente por isso que gosto de pensar e repensar sobre esses assuntos. Não quero cometer os mesmos erros que vejo tanta gente infeliz (e ocupada) cometendo por aí. Eu quero uma vida mais simples e tranquila. E já tenho buscado isso no meu dia-a-dia. Tenho sido bastante feliz desse jeito. 

Acho que todos deveriam experimentar. Afinal, ao contrário do que muitos defendem e acreditam, o mundo não me parece um campo de batalha em que você precisa buscar sempre ser melhor que o outro . O mundo é, sim, pra você buscar se superar e isso não envolve levar uma vida corrida e irrefletida.