domingo, 26 de janeiro de 2014

Intercâmbio, um encontro espiritual

Estou adiando escrever sobre isso desde que cheguei. Talvez porque era necessário refletir primeiro. Mas sinto que está na hora, que chegou o momento de colocar pra fora muito do que o intercâmbio significou pra mim internamente. Essa "loucura" toda representou um encontro comigo mesma, com o ser humano que sou e, especialmente com o ser humano que quero ser. Um encontro com o que quero pra mim e para minha vida, seja profissionalmente, seja pessoalmente.

Se todo mundo pudesse agarrar uma oportunidade dessas pelo menos uma vez na vida, eu diria para fazê-lo. Ir morar em outro país e ter a oportunidade incrível de conhecer outras pessoas e outras culturas não tem preço. Por mais que no meu caso se tratasse da mesma língua (mais ou menos... hahahahhaha) e que a cultura tenha certas semelhanças, o crescimento foi sem medidas. O que eu cresci a vida inteira talvez seja menos do que cresci nesses pouco mais de 4 meses. 

Estar sozinha, sem nada do que se está habituado e ter que resolver tudo por si mesma, não ter pra onde correr. Tudo isso faz você se voltar muito pra dentro de si, é um processo de autoconhecimento mesmo. Por mais que se faça novas amigos e que pessoas incríveis tornem-se parte da sua nova vida, não é a mesma coisa que estar num ambiente familiarizado. Novos amigos ajudam, mas não é a mesma coisa que velhos amigos e família. Se você se permitir, a viagem pra dentro será maior do que qualquer viagem externa que você possa fazer.

Talvez isso não seja assim pra todo mundo. Na verdade a impressão que fica é que muita gente busca mesmo se liberar. A maioria tem tantas amarras que intercâmbio significa ficar longe de tudo e de todos pra fazer "o que der na telha" e isso pode envolver beber até cair, ir à todas as festas que o corpo aguentar, ficar com todo mundo ou ficar com pessoas no mesmo sexo. O fato é que eu nunca tive muitas amarras. Sempre fui de fazer o que senti vontade. Então não fui lá pra me liberar, mas pra me encontrar. E ficar sozinha pode ser bem últil pra isso. 

Eu me encontrei. De uma forma que não achei que aconteceria. Eu fui feliz e voltei ainda mais feliz e com mais certeza do que quero. Por isso afirmo que o intercâmbio foi um encontro espiritual com meu eu verdadeiro, por mais que isso possa soar estranho ou até brega para alguns... Torço pra que um dia as pessoas não tenham mais amarras e possam aproveitar um intercâmbio de uma forma que vai muito além de "se divertir loucamente", de uma forma que é muito mais profunda e duradoura. 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

GUEST POST: “A culpa é minha e eu ‘boto ela’ em quem eu quiser” (Ou ainda, o que é preciso pra ser feliz)


O post de hoje era pra ter vindo ontem, mas o dia foi corrido demais e não deu tempo... No meio de uma conversa com a Sheron (nome fictício), ela sugeriu que eu escrevesse um texto na linha desse guest post, falando de imagem perfeita e como isso não traz felicidade verdadeira a ninguém. Falei pra ela que quem tinha bagagem maior pra falar disso era ela. Daí surgiu a ideia do primeiro guest post desse meu filhote. E vem num momento muito feliz: o aniversário de 2 anos. Que venham muitos mais (guest posts e aniversários).

Acho que ela já disse tudo. E como sempre: o importante é encontrar o equilíbrio. 

Lembrando que falei sobre padrão de beleza AQUI


"Você sai de um relacionamento e a primeira coisa que se faz, depois das cataratas do Iguaçu derramadas pelos olhos, é reconstruir os caquinhos da autoestima. Mesmo que tudo termine bem (isso existe, produção!?) ter dedicado um bom tempo a alguém implica em redescobrir-se sozinho...

Há toda uma produção e quando se olha no espelho, é possível ver uma mulher bonita, bem próxima aos padrões exigidos socialmente, elegante, que faria alguns homens babarem. Você se contorce em poses impossíveis de serem executadas - mesmo pelos amantes da Yoga -, seu corpo dói, mas ainda assim, exibe o olhar mais sexy e mais leve que consegue. No fim, as fotos são publicadas e você não se vê ali, recebe um monte de elogios, mas estes elogios não são para você. São para o que você talvez quisesse ser em tempo integral, para o que é vendido em nossas propagandas ou para aquilo que todos acham que se deve ser.

Eu poderia dar o grito de independência feminina agora. Mas eu tenho que admitir que foi bom interpretar um alter ego sexy. Foi bom ver que o mulherão existia dentro de mim, depois dos meses sem me estressar com depilação ou com o cabelo, já que não tinha nenhum boy pra analisar e que ali habitava apesar de 1,66 m, estrias, celulites, sardas e tudo mais que foi escondido nas poses cuidadosas e na maquiagem caprichada. E foi melhor ainda ver que, apesar das odes recebidas, descobrir que estar disfarçando o fato de atingir auge do que os outros pretendem como padrão não faz ninguém feliz – as celebridades que o digam. Nunca fez.

Guardei meu alter ego matador com muito carinho. Apesar de ele ter me causado uma dor imensa ao me fazer ver que a beleza ou poder não me fazem inteira, estar sem ele também me faz triste. E aí vem o desafio: como juntar dois corpos que moram presos dentro de um só? Como ter o prazer de se jogar numa bela make e nos saltos do tamanho de um prédio ao mesmo tempo em que se tem o prazer de passar o dia todo de pijamas? E aí veio a grande descoberta: não é estar mendiga ou matadora que me impede de estar feliz. É ficar imaginando o tempo todo o que os outros esperam. Porque o alter ego só aparece quando eu “estou pro crime” e a frase mais inocente numa destas aprontadas me fez perceber que eu me estresso demais com os outros (“se disserem que fui eu, eu nego e digo que foi a Sheron”). Mas quem apronta sou eu e já que “a culpa é minha e eu ‘boto ela’ em quem eu quiser”, diria o sábio Homer Simpson. O problema é que jogar a culpa nos outros ou no alter ego impedem que eu, você e nossas essências sejam aquilo que querem ser. E nos faz muito, mas muito infelizes".


sábado, 11 de janeiro de 2014

Último sábado no Portinho

É... 4 meses e 4 dias longe do meu Brasil. 4 meses e 4 dias dessa experiência que foi a mais incrível de toda minha vida. Hoje eu fiz minha última prova, cheguei em casa e almocei um bomba de nutrientes depois de dias comendo qualquer coisa por falta de tempo e fui passear. Ah, meu Portinho, suas paisagens são as mais encantadoras e vão fazer falta. 

Eu cresci imensamente com essa experiência. Hoje me conheço muito mais do que me conhecia quando cheguei aqui, sei muito mais o que quero e o que não quero pra mim e sei que isso vai me ajudar muito de agora em diante, porque muitos passos importantes serão dados. Sou muito feliz com quem sou e com o que quero pra minha vida. Tenho muito mais otimismo e força pra seguir em direção aos meus objetivos e minha crença nesse Universo lindo é cada dia maior. 


Junto com meu último sábado no Portinho lindo, terminei de ler "Comer, Rezar, Amar". A vida pode ser engraçada às vezes. Eu cheguei aqui lendo esse livro e fui terminar só na reta final. Pra alguns pode parecer estranho demorar tanto pra ler um livro, mas parece que cada trecho estava guardado para o momento certo. Pra mim, esse intercâmbio foi como uma jornada espiritual para encontrar a mim mesma. De certa forma, é assim que eu me sinto. Então foi incrível passar esse tempo lendo esse livro especificamente.


Agora estou pronta pra voltar pro Brasil e encarar todos os desafios que estão pela frente. :)




(essa pracinha foi meu refúgio no momento de crise mais intensa)






(em meu primeiro sábado no Porto experimentei pastel de nada. Nada mais justo do que comê-lo também no último)

sábado, 4 de janeiro de 2014

O poder do pensamento positivo


Outro dia uma amiga me perguntou se eu acreditava no tal d'O Segredo. Respondi que eu talvez tenha uma maneira um pouco diferente de enxergar o poder do nosso pensamento. Quando assisti ao filme anos atrás achei pura balela. Por isso não tive nem ânimo pra pegar o livro pra ler. A sensação que me deixou é que basta você querer e pensar que vai conseguir e, magicamente, a coisa acontece. Não esqueço de uma parte bizarra que mostrava uma pessoa que queria um carro novo. Segundo o filme era só acreditar que ela conseguiria (não precisa trabalhar pra conseguir não, imagina...). 

Embora não acredite n'O Segredo como ele aparentemente foi pintado no filme (não digo do livro, porque desse não faço a menor ideia), acredito, sim, no poder que temos de construir a nossa realidade com base nos nossos pensamentos. Acredito no poder do otimismo e da positividade. Acredito que a gente atrai do Universo, aquilo que a gente emana pra ele. E olha, isso tem se mostrado muito verdadeiro: desde que me tornei uma pessoa mais otimista e positiva, coisas incríveis tem acontecido (tanto interna quando externamente). 

Sabe no que eu acredito? Que se a gente quer muito uma coisa, temos mesmo é que correr atrás. E acreditar que vai dar certo. Mandar energias pro Universo pra que a coisa aconteça. Mas jamais ficar parados, esperando. Porque quem espera só alcança se lutar pelo que quer. Então, nesse quarto dia do ano, desejo que você faça um 2014 incrível, que não se esqueça de acreditar e de lutar, que não esqueça do otimismo e da positividade, mas que, principalmente, jamais se esqueça de levantar e fazer. :D

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

23+10 coisas bonitas na vida

Inspirada na lista do meu amigo Vinicius Werneck, resolvi fazer minha própria lista de coisas bonitas na vida. Que tal fazer a sua também? Conte-me nos comentários :D

1. Acordar cedo e não precisar correr para começar o dia.
2. Yoga e meditação.
3. Escutar sem querer uma de suas bandas favoritas depois de muito tempo sem ouvi-la e se surpreender como se fosse a primeira vez (sempre acontece comigo hahahah). 
4. Dias frios com céu azul.
5. Beijar e abraçar quem você ama.
6. Passar a noite em conversas intermináveis sobre a vida e sentir que aquilo foi melhor do que uma boa noite de sono.
7. Uma boa noite de sono. hahaha
8. Violino e piano.
9. Rock com orquestra.
10. Perceber que as pessoas talvez gostem do que você escreve. 
11. Ler.
12. Ler um livro ou assistir a um filme com capacidade de mudar sua vida.
13. Esperança e fé no futuro.
14. Reencontrar um amigo que você não via há muito tempo.
15. O abraço da saudade.
16. O abraço do consolo.
17. Chorar de emoção.
18. Crianças sorrindo.

19. Gatos ronronando no seu colo.
20. Colocar os pés na grama.
21. Banho quente em dias frios. 
22. Ler em dias chuvosos.
23. Descobrir uma banda nova e incrível.
24. Árvores secas.
25. Flores tão vivas que brilham.

26. Olhar para o mar e sentir toda paz que você queria que existisse no mundo.
27. Descobrir o que você quer fazer da vida.
28. Ajudar uma pessoa pela simples alegria de ajudar.
29. Sorrir com o corpo inteiro.
30. Deitar na grama sem pinicar. 
31. Céu estrelado.
32. Praças bem cuidadas.
33. Felicidade.

Tenho certeza que existem muitas outras, mas eu já passei de 23 (que era a ideia inicial) então vou parar por aqui. 

:D

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Filme "Eu Maior"



Um filme sobre autoconhecimento e busca da felicidade.


"A felicidade não exige dinheiro, a felicidade não exige status pra se manifestar, a felicidade não exige oferendas, a felicidade não exige um curso de MBA e ela não exige nenhuma formação. Só sintonia. Por isso que minha resposta é óbvia: felicidade é um estado de espírito".


Sim, é um estado de espírito e é por isso que temos que assumir a responsabilidade pela nossa própria felicidade e não esperar que atitudes dos outros nos façam felizes.


"As pessoas estão esperando por uma estação para serem felizes. Então quando eu crescer, quando eu me formar, quando eu me casar, quando eu tiver filhos, quando eu tiver dinheiro, quando eu tiver um patrimônio, quando eu tiver saúde. Então as pessoas estão sempre transferindo a felicidade para uma próxima estação, por isso não são felizes. Esse ditado eu acho muito acertado: não é uma estação, é uma maneira de viajar". 


E tenho cada dia mais certeza disso. A tristeza é inevitável em alguns momentos, ela faz parte do nosso crescimento, mas ela não pode ser a regra, ela precisa ser a exceção. Felicidade é a regra. Vamos viajar felizes pela vida construindo nossos caminhos que, certamente, são únicos.

Assisti "Eu Maior" pela segunda vez hoje. Me emocionei e chorei pela segunda vez. Refletir sobre autoconhecimento e busca da felicidade é essencial para viajarmos felizes pela vida. Por isso, recomendo imensamente esse filme. Torço pra que um dia todo mundo tenha oportunidade de assisti-lo e crescer com cada pedacinho dele.

Assista aqui :D