sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Objetivos para 2013


A ideia de registrar as tais "resoluções de final de ano" tem por objetivo me obrigar a cumpri-las. Porque se todo mundo souber, parece que assumo um compromisso. Mesmo que poucas pessoas leiam, eu vou saber que alguém leu e pra que eu seja uma pessoa de palavra, vou ter que cumprir. Hahaha

Então vamos a elas:

  • Estudar as áreas que me interessam (especialmente Direitos Humanos e Direito Internacional - Direito Constitucional também, se minha monografia for mesmo sobre o que tenho pensado).
  • Viajar!!!! 
  • Ficar mais tempo offline (ou seja, PRECISO "desviciar" do maldito facebook! É um atraso de vida ficar naquilo o dia todo).
  • Continuar com esse blog, que é meu xodózinho (e em Janeiro faz um aninho! Primeiro blog meu que dura. Rs).
  • Me tornar cada dia mais minimalista (é o fim da compra de supérfluos e do cultivo de sentimentos desnecessários!).
  • Começar o bendito Yoga.
  • Fazer mais exercícios. 
  • Estudar fotografia!
  • Ir à Machu Pichu.
  • Ler cada vez mais (literatura!)
  • Continuar minhas leituras em blogs sobre minimalismo, feminismo, fotografia e blogs literários. 
  • Trabalhar minha paciência com pessoas que são diferentes de mim.
  • Fazer minha poupança ficar o mais gorda possível (pra viajar! rs).
  • Me dedicar ao que considero mais importante nessa vida que são as relações que estabelecemos com os outros. 
  • Comprar um Kindle ou iPad (vale colocar desejos consumistas em resolução de ano novo?)
  • Praticar consumo consciente (não comprar marcas que utilizam trabalho escravo e  nem que fazem testes em animais).
  • Me tornar uma pessoa melhor (ambicioso esse. hahahaha).

A maioria dessas resoluções não parecem difíceis e muitas delas são apenas continuação do que já faço. Nada de resoluções mirabolantes e "incumpríveis"!


E que venha 2013! 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Sorriso.


Basta lembrar do seu rosto
Sorriso

Basta lembrar do seu corpo junto ao meu
Sorriso

Basta lembrar da sua voz
Sorriso

Basta lembrar do seu jeito de me chamar de linda
Sorriso

Basta lembrar dos seus olhos
Sorriso

Basta lembrar da expressão que você faz quando fica bravo
Sorriso

Basta lembrar da lembrança de você
Sorriso

Basta você existir
Pra me fazer sorrir.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Eu não vou me render às engrenagens do mundo.


O mais importante na vida são as relações, os laços que criamos com as outras pessoas. Todos nós precisamos parar. Parar com a correria, com a necessidade de acumular dinheiro, bens, sentimentos ruins. Precisamos parar também de nos comparar com o outro. Os caminhos do outro são exclusivamente dele. Não podemos traçar nossa vida com base nisso. Cada um sabe o que faz o próprio coração pulsar, cada um sabe o que almeja para si, ainda que não saiba como alcançar isso. E se a gente não sabe exatamente o que quer, está tudo bem também. Muitas pessoas passam a vida sem saber e vivem vidas infelizes, fazendo coisas que não significam nada para elas além de uma fonte de sustento. Então, para nós, que somos jovens, vale muito mais ir traçando nossos caminhos lentamente e descobrindo o que nos fará felizes. Eu não sei você, mas não quero simplesmente ser uma pessoa que acumula. Pelo contrário. Eu quero SER e não ter. O mundo já dá valor demais ao ter. Eu não preciso dar também. 

Eu não sei porque estou escrevendo isso. Hoje o dia me rendeu uma ótima conversa. Por isso estou aqui. Pra tentar colocar em palavras tudo aquilo que me vai no coração quando penso em futuro. Já fui muito angustiada com isso. Como se o futuro profissional fosse a única coisa importante na vida. E não é. Está longe de ser. Como disse no começo, o que conta mesmo, o que vamos levar com a gente depois que morrermos, são os laços que criamos, as pessoas que passaram pela nossa vida e o que pudemos fazer por elas e junto com elas. 

Então, de nada adianta ter um futuro profissional brilhante, se você não souber cativar pessoas. E quando cativamos de verdade alguém, temos aquilo pra vida inteira. E se for verdadeiro, é isso que vai nos fazer levantar quando necessário. 

Esta ficando tudo meio confuso. É que meu pensamento não está linear. Só gostaria de dizer, que o mais importante na vida é mantermos o nosso coração sereno. Quando ele está assim, as portas começam a se abrir. Quando temos a capacidade de fechar os olhos e enxergar de olhos fechados, é aí que está o segredo. É só assim que encontramos nossos caminhos. 

Não é fácil viver acreditando nisso. Por vezes, o mundo parece que vai nos engolir. Mas é preciso. Do contrário, corremos o risco de ficar infelizes como a maioria das pessoas parece ser. E eu não desejo isso nem pra mim e nem pra ninguém que me cativou. O mundo pode tentar nos destruir, pode tentar nos colocar na roleta russa da vida pra ver se a gente sobrevive, mas se não acreditarmos que esses valores estranhos que têm vigorado no mundo são o que importa, esse mundo não vai conseguir nos deter. Precisamos de sonho. Sempre. Por isso, o que eu desejo, é que você nunca perca a capacidade de sonhar. 

Eu não vou me render às engrenagens do mundo. E torço para que você também não se renda.


Texto dedicado à Priscilla.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Escândalo e meus pensamentos.


Vizinhos brigando. Estudando direito civil. Sou obrigada a ouvir discussões vindas da rua. Torna-se difícil a concentração. Pessoas gritando me deixam meio desesperada. Parece que a qualquer momento podem partir para a agressão física. E eu sinto vontade de gritar, mandar pararem. 

Sou o tipo de pessoa que foge de brigas, que até mesmo guarda coisas pra si simplesmente buscando evitar discussões desnecessárias. Gritos me assustam. Pessoas descontroladas me assustam. Quando eu mesma atinjo um certo nível de descontrole, também me assusto. Parece que não reconheço a mim mesma. Talvez por isso eu "fuja" de brigas. Porque sinto medo de demonstrar ser uma pessoa que não quero ser. 

Mas também sou meio estouradinha. Dou patadas sem ter a intenção. Pelo simples fato de que certas atitudes não cabem dentro do meu mundo. Ou seja, certas atitudes me parecem tão fora da minha realidade e da forma como enxergo a vida, que não consigo me controlar e solto comentários absolutamente desnecessários. Eu não tenho nada com o fato de que pra pessoa aquela atitude faz sentido. 

Meu mundo. Seu mundo. O equilíbrio entre eles é o respeito. Não tem outro. 

Acho que esse texto virou uma catarse. Começou de um jeito e terminou totalmente diferente. 


Ouvindo Beirut e sendo feliz :)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Eu gosto é do estrago.


Sempre que você me vem é com esse seu ar superior de quem tem a vida perfeita, de quem já tem todas as respostas e sabe exatamente o que fazer com a própria vida. Eu não. Eu sou toda errada. Sou uma perdida no mundo. Amo tudo e não amo nada. Não sei como e onde vou estar daqui a cinco anos. Não sei fazer esse tipo de plano. Minha vida parece estar sempre uma bagunça, enquanto a sua parece estar sempre traçada previamente. E o mais incrível é você conseguir seguir tudo isso. Não sei como faz. Me pergunto também se é feliz assim, sem ter surpresa nenhuma na vida. Eu gosto é do estrago. Gosto do inesperado, do errado, de não saber bem como vai ser o "dia de amanhã". É bem mais emocionante. Adrenalina! Mas você, ao menos, não sente medo. Aí na sua vidinha pré-programada não precisa temer o amanhã, porque já sabe como vai ser. Está sempre antecipando o destino. Enquanto eu, fico nessas idas e vindas, vontades e não-vontades. Sei lá se vai funcionar pra sempre. Mas por hora me sinto livre sendo assim. E liberdade é a minha substância. 

domingo, 18 de novembro de 2012

Sistema Penitenciário, Sociedade e Ressocialização

O texto que segue escrevi por sugestão da Priscylla Knopp. Foi ótimo para relembrar que algumas coisas no Direito ainda me dão vontade de estudar. Foi publicado no blog dela (Um Olhar à Esquerda): 
http://umolharaesquerda.wordpress.com/2012/11/18/ressocializacao/


Segue o que escrevi:


Dentre os inúmeros problemas que o Brasil atravessa, temos a questão do sistema penitenciário e da ressocialização dos egressos desse sistema.

Quando se estuda, em teoria, os sistemas punitivos do nosso Direito Penal, este parece ser organizado e bom o suficiente para diminuir a criminalidade e tornar a vida de presidiários ao menos digna de ser chamada de vida. Entretanto, nada está mais distante da realidade. O que se vê são cadeias lotadas, péssima qualidade de existência e praticamente nada de ressocialização. São verdadeiras escolas de criminosos. 

Tanto isso é verdade que de 1995 para 2009, a população carcerária aumentou 318%, não acompanhando o aumento da população: de 95 presos para cada 100.000 habitantes em 1995 passou para 246 presos para cada 100.000 habitantes em 2009. Os números são alarmantes. E demonstram claramente que algo está muito errado nisso tudo. 

Além disso, quem de fato é preso no Brasil? Fala-se muito em impunidade, mas a verdade é que para os setores mais pobres, esta não existe nem de longe. Só há impunidade para quem tem dinheiro para pagar por ela. O que superlota as prisões, em geral, são crimes contra o patrimônio, notadamente furtos e roubos. Trata-se de uma grande massa de jovens negros e pobres, moradores de favelas e periferias. Estes é que são presos no Brasil. 

É por isso que se diz que prisão é escola para criminosos. O sujeito rouba uma galinha porque sua família está passando fome e fica anos preso por isso. É claro que, em contato com diversos outros "criminosos", ele aprenderá diversas "técnicas" e "aprimorará" seus crimes. 

Isso se torna ainda mais grave quando pensamos em ressocialização. O sujeito cumpriu sua pena. Muito bom. Sai da prisão. Vai procurar um emprego e não consegue por ser egresso do sistema penitenciário. A função punitiva pertence ao Estado e não à população por alguns motivos. Entre eles está a necessidade de se evitar a vingança privada, por exemplo. 

Mas é ilusão acreditar que a função punitiva está restrita ao Estado. Isso fica claro no exemplo citado acima. O sujeito não consegue emprego. Cumpriu sua pena, mas continua sendo punido. E, muitas vezes, por um crime que nem oferecia perigo social. Aí o sujeito vai voltar para o “mundo do crime”. É quase um ciclo. 

Já dizia Cesare Beccaria, em 1764 (!), que “só as leis podem fixar as penas de cada delito e que o direito de fazer leis penais não pode residir senão na pessoa do legislador”. Isso significa que a população não tem o direito e de agravar a pena do sujeito. Como queremos diminuir a criminalidade se não damos sequer uma chance do sujeito se reerguer e recomeçar sua vida de forma digna?

Como já disse Marcelo Freixo, deputado estadual do Rio de Janeiro, a prisão é uma pena de morte social. O criminoso fica condenado a receber essa alcunha pelo resto de sua vida.

Prova cabal de que o sistema penitenciário está longe de ser o ideal é ter que ouvir do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em pessoa, que preferia morrer a ser preso no Brasil. Precisa de mais? O problema maior não é o referido Ministro fazer esse tipo de afirmação, mas fazê-lo e ainda assim não buscar real solução para o problema. Aumentar vagas ou aumentar o número de presídios nitidamente é solução paliativa. É fácil cruzar os braços quando não se corre grandes riscos de ser preso. Afinal, quem vai pra cadeia no Brasil é negro e pobre. Prova disso é toda a comoção diante do julgamento do mensalão. Se fosse corriqueiro ricos serem presos, o país não estaria tão impressionado com a coisa toda.

Por fim, vale citar novamente Beccaria:

Entre os romanos, quantos cidadãos não vemos, acusados anteriormente de crimes hediondos, mas em seguida reconhecidos inocentes, receberem da veneração do povo os primeiros cargos do Estado? Porque é tão diferente, em nossos dias, a sorte de um inocente preso?
É porque o sistema atual da jurisprudência criminal apresenta aos nossos espíritos a ideia da força e do poder, em lugar da justiça; é porque se lançam, indistintamente, na mesma masmorra, o inocente suspeito e o criminoso convicto; é porque a prisão, entre nós, é antes um suplício que um meio de deter um acusado.


Vale ressaltar que essas afirmações foram feitas no séc. XVIII e ainda hoje podem ser consideradas atuais. É necessário que mudanças sejam promovidas. E é impossível pensar mudanças apenas de cima para baixo. A mudança deve ser de cada um. Mudança de consciência e de cultura. Todos precisamos abrir os olhos aos problemas citados. Eu sou mulher, branca, de classe média, estudante. Definitivamente não me encaixo no “perfil” dos presos. Provavelmente você que está lendo isso também não. Mas estamos falando de seres humanos como nós que merecem ser tratados como tais.

Isso sem falar na responsabilidade que a sociedade como um todo tem por esses sujeitos. Mas esse seria um assunto para outro texto. Então melhor terminar por aqui.



Inspirações:

Livro Dos Delitos e Das Penas, de Cesare Beccaria.

Vídeo “A Prisão é para quem?”, com discurso do deputado estadual do RJ, Marcelo Freixo, no plenário da Alerj em 14 de Novembro de 2012. http://www.youtube.com/watch?v=o-7S8DUbbKk&feature=plcp

sábado, 17 de novembro de 2012

"You don't know how much I miss you"


Minha mãe perguntou hoje do que eu mais sinto saudade sobre você
Respondi que sinto saudade de tudo
De cada parte de você e do que temos juntos

Esta é a grande verdade:
Sinto falta da sua voz
Sinto falta do seu abraço
Dos seus beijos
De sentir seu corpo junto ao meu
De conversar
De contar cada parte boba do meu dia

Sinto falta de saber que você está por perto
De poder te ligar e dizer que estou triste
Ou de contar algo super feliz que acabou de acontecer

Pode parecer exagero, mas é exatamente assim que me sinto por não ter você aqui e agora. 

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Minimalizar os sentimentos.


É bem isso mesmo. O que já não vale mais a pena, não deve ser mantido. Sejam coisas, sentimentos ou pessoas. E não se trata de ser fria. Trata-se, apenas, de saber avaliar o que te faz bem e o que já não faz mais.

:D

sábado, 3 de novembro de 2012

Catarse ou O Mesmo Desespero de Sempre


Sinto-me presa a uma escolha
Não consigo enxergar alternativas
Mas não quero isso pra mim

Esses dias sempre vêm
O desespero me toma
E não encontro caminho a seguir
Se pudesse voltaria no tempo
Mudaria minhas escolhas

Simplesmente não sei o que fazer
As alternativas que busco 
Não são as que realmente desejo

Não sei o que desejo
E isso, talvez, seja o pior de tudo
Saber que a escolha foi errada
Mas não saber qual seria a correta

Quando me canso de buscar resposta
Decido ir vivendo assim
Mesmo sem saber
Mas não adianta
Porque uma hora dessas 
Eu vou ter que encontrar a resposta
E é isso que me consome
É isso que me mata por dentro

Não sei o que fazer. 



"Quero explodir as grades
E voar
Não tenho pra onde ir
Mas não quero ficar"

(Novos Horizontes)

"Que a chuva caia
Como uma luva
Um dilúvio
Um delírio
Que a chuva traga
Alívio imediato"

(Alívio Imediato)

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Juno.



- I need to know that it’s possible that two people can stay happy together forever.
- Well, it’s not easy, that’s for sure. (…) Look, in my opinion, the best thing you can do is find a person who loves you for exactly what you are. Good mood, bad mood, ugly, pretty, handsome. The right person are still gonna think the sunshine is on your ass. That’s the kind of person that is worth to get with.
- Yeah… Yeah. I think I found the person.


Delícia assistir esse filme hoje :)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Saudade.


A saudade é tão grande
Que se eu pudesse
Arrancava meu coração
Pra descansar
Por um instante.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Leveza, felicidade e esperança.


Tenho cada dia mais certeza da verdade contida nessa frase. E isso me traz uma leveza deliciosa. Essa certeza de que estou buscando o meu caminho independente do que qualquer pessoa pense disso. Estou feliz. Estou cheia de esperança. Acredito no poder que o Universo e todas as suas energias têm de fazer as coisas acontecerem. Alguns chamam isso de Fé em Deus. Eu não sinto necessidade de nomear. O importante mesmo é que estou bem. Acredito no meu potencial de fazer acontecer e acredito, também, que quando o propósito é bom, tudo conspira pra que dê certo. Leve, feliz, esperançosa, esse é meu estado de alma na atual fase da minha vida.

:)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Becoming Minimalist - The Beginning

Não me perguntem o porquê do título em inglês. Talvez seja influência por ter lido tantos textos e blogs sobre minimalismo em inglês (embora todos os que relacionei no Miscelânea sejam em português). Bom, vamos aos fatos: 

O Minimalismo surgiu há pouco mais de 20 dias em minha vida. Por meio de um depoimento pessoal que li no facebook me interessei e comecei a pesquisar sobre o assunto. E olha, tem MUITA coisa sobre isso na internet, muitos blogs, muitas pessoas que resolveram aderir a esse "estilo de vida" e compartilham suas experiências e acabam inspirando outras pessoas a seguir caminhos semelhantes. É incrível pensar que eu nunca tinha me deparado com isso. 

Para alguns talvez pareça precipitado começar a mudar tão rápido não tendo nem um mês que comecei a pesquisar sobre o assunto. E minha ideia inicial era transformar essa ideia em um dos objetivos principais de 2013. Porém, não preciso de data marcada pra começar a ser quem eu quero ser. Além disso, sou ansiosa. Quando descubro algo que faz meu coração bater mais forte, que me faz pensar que talvez essa coisa agregue valor à minha vida (no caso, me faça mais feliz) não tenho paciência pra esperar. Então nesse final de semana eu comecei. Comecei uma revolução. 

Sim, eu quero revolucionar a minha vida e a forma como enxergo a realidade. 2012 está sendo um ano de muitas mudanças internas e de muito aprendizado. Sinto que estou me reencontrando! E não apenas isso. Estou também encontrando a pessoa que quero ser. E vou me esforçar para sê-lo. E o Minimalismo talvez seja uma das grandes partes da pessoa que almejo ser. 

Bom, mas pra quem não faz ideia do que estou falando: "que porra é essa de Minimalismo?" Como não tenho a pretensão de definir algo a que "um sem número de pessoas" começou a aderir, preferi tirar uma breve (brevíssima!) definição de um texto que estou terminando de ler:

“Minimalism is about getting rid of the things in your life that don’t add value so you can focus on the things that do. Beyond that, it’s a person-by-person set of rules.” (http://wandrlymagazine.com/lifestyle/minimalism/)

Tradução livre minha (rs): "Minimalismo significa se livrar de coisas em sua vida que não agregam valor para que você possa se ​​concentrar nas coisas que o fazem. Mais do que isso seria apenas um conjunto de regras colocadas de pessoa para pessoa". (Não está literal. Tentei pegar mais o sentido da coisa juntando com tudo que li do que a literalidade da definição. Traduzir é difícil, gente! hahaha)

Acho que o Minimalismo é uma forma de enxergar a vida, de simplificar as coisas e de optar por não fazer parte de um consumismo desenfreado que leva as pessoas a cometerem loucuras. Sempre busquei enxergar felicidade nas coisas simples da vida e sempre me irritou essa gente que só pensa em dinheiro. Por isso acredito que de certa forma, mesmo antes de eu saber que existia, o Minimalismo já estava um pouco dentro de mim. Só precisava colocá-lo pra fora. E é isso que vou fazer.

Comecei pelo exterior. Fiz uma arrumação no meu quarto que nunca tinha feito igual. Comecei sexta-feira e só fui terminar no domingo. Demorou umas 15 horas. E a sensação no final foi de leveza. Leveza por ter me livrado de um guarda-roupas que há muito tempo já me envergonhava por ter tanta coisa diante de pessoas que não têm nada e leveza por ter me livrado de tantos materiais de uma faculdade que está longe de ser o meu sonho. Tudo está mais organizado e vazio. Ainda não tenho a pretensão de ter um guarda-roupa de 30 peças (http://www.everydayminimalist.com/?p=1500) - não tenho estrutura e nem as peças-chave que são necessárias pra isso. Mas me livrei de muita coisa. Até contabilizei tudo:

(peça / "coisa": antes / depois)


Roupas:

- vestidos: 15 / 11 
- blusas de manga comprida: 16 / 04
- blusas de manga 3/4: 08 / 05
- blusas de manga curta: 30 / 18
- blusas sem manga: 28/ 15 
- blusas tomara que caia: 02 / 02
- blusas de frio (lã): 09 / 05
- moletons: 04 / 03
- outros casacos e blusas de frio: 05 / 03
- "camisas": 04 / 03
- calças jeans: 06 / 04
- leggings: 07 / 05
- saias: 07 / 05
- shorts: 15 / 07
- calças de "ficar em casa" (vulgo "feias" hahahaha): 02 / 01
- camisolas: 08 / 05
- pijamas: 02 / 02
- boleros 02 / 02

- cachecois: 04 / 03
- meias-calça: 06 / 04
- tops: 03 / 01
- chapéu / boina: 02 / 02


Total: 185 / 110 (salvo erro de cálculo). Ainda tem coisa em excesso, mas já foi um avanço tremendo! Quase metade do meu guarda-roupa foi embora (não sem um comentário da minha mãe: "tem certeza que vai doar isso tudo?" " Tenho, mãe. Absoluta")


Bijouterias:
- colares: 17 / 09
- brincos: 35 / 18
- aneis: 05 / 04
- pulseiras: 09 / 04

Total: 66 / 35. Quase metade. Yay \o/


Make-up:

- pinceis: 08 / 04
- batons, brilhos, gloss: 12 / 07
- rímel: 04 / 02
- delineador: 01 / 01
- lápis: 01 / 01
- sombras: 08 / 04
- pó compacto: 01 / 00
- apontador: 01 / 01
- blush: 01 / 01
- paletas 03 / 02 (vale dizer que a maior paleta foi pra doação, as que ficaram são beeeem menores)

Total: 40 / 23 


Sapatos (nunca fui o tipo de mulher viciada em sapatos):

- botinhas: 02 / 02
- sapatilhas: 03 / 02
- All Star: 03 / 02
- sandálias de salto: 03 / 03
- rasteirinhas: 04 / 03
- chinelos: 02 / 02
- tênis: 01/ 01
- "sapatênis" (não sei definir esse tênis que não é tênis): 01 / 01
- botas: 03 / 02

Total: 22 / 18


Bolsas (também nunca tive esse vício): 08 / 05



Eu duvido que alguém leia esse post, porque tá ficando enorme. Mas ele serve também pra mim, pra eu guardar como foi o começo dessa transformação de mentalidade e de vida. 

Sei lá, acho que vale muito a pena se desapegar do que não agrega valor à nossa vida. Sejam coisas ou sentimentos. Isso é importante até mesmo para que possamos nos apegar ao que vale a pena, sejam pessoas, hobbies, sonhos. Enfim. To curtindo demais essa vibe. 

Ainda não descobri qual é o meu sonho maior. Mas já sei o que não quero. E sei aonde quero que meu sonho me leve, seja ele qual for. Estou buscando. Sempre.

:)

Imagens pra inspirar:


Materiais de faculdade e outros (antes)




Quase tudo pro lixo.



(Depois)



Guarda-roupa (antes):







 (Depois) 



 (Parece cheio como antes, mas é que blusas que estavam nas gavetas e na outra parte do armário passaram pra cá pra ficarem mais organizadas)




  
 O caos instalado:



Coisas pra doação mega desorganizadas:



Coisas para doação já bonitinhas para serem levadas:



Maior post de todos os tempos! hahaha


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sobre Amor, Insegurança e Tempo


É... eu sou insegura. Por detrás dessa máscara de auto-estima elevada, existe também uma criança que sente medo. Um medo absurdo de você ir embora e não me querer mais. Um medo de você simplesmente me esquecer e não se importar mais. Um medo de você encontrar alguém melhor do que eu.

É que eu gosto um tanto gigantesco de você e acho que o que temos juntos é muito raro. Você me faz querer ser uma pessoa melhor a cada dia pra que você e eu possamos nos orgulhar de mim. Saber que você existe e que é exatamente do jeito que é, me faz ter uma vontade enorme de SER sempre e SER mais. Obrigada por isso.

Eu sei que nada é pra sempre, mas acho que quando está bom, quando acrescenta coisas boas, deve continuar. E sinto que ainda temos muito pra crescer juntos. É por isso que tenho medo, porque está bom e me faz bem. Meu maior medo é que de repente só esteja bom pra mim... 

Enfim, o fato é que eu te amo e por isso tenho tanto medo. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Por que poetar?


Porque poesia é amor
É transcendência
É paixão
É extravasar sentimentos

Poesia é vida!


É mostrar a outrem

Quão grande é sua importância
Para um outro alguém
É mostrar a nós mesmos
Que viver não é tão difícil


Poetar é sentir

Sentir que o mundo pode ser mais belo
Se feito de versos
Sentir que o ser humano
Ainda tem jeito (será?)


Que seria de mim sem poesia?

Haveria um vazio
Algo indescritível
Que nem o mais belo conto de amor
Poderia curar


Poetar é lutar por um ideal

É dar liberdade às palavras
Que insistem em sair
Porque poesia existe apenas,
O poeta é o instrumento das palavras


Palavras, palavras

Poetar
Poesia
Carlos Drummond de Andrade
Mario Quintana
E tantos outros


Poetar é sentir-se livre

É sentir-se vivo
É saber fazer da vida
Estrofes e mais estrofes
De uma bela canção
Ouvida ao longe
É sonhar
É imaginar e acreditar


Poetar enfim,

É VIVER!



Caramba...nem acredito que encontrei essa poesia! Escrevi em 2008 e tava falando dela outro dia mesmo. Muito feliz de tê-la encontrado! \o/

sábado, 6 de outubro de 2012

Eu sei, mas não devia.


"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender ...mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.


A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma".


(Marina Colasanti)