Esta semana tomei uma decisão importante:
não alego mais falta de tempo pra ninguém a não ser que seja estritamente
necessário. Sei que já escrevi sobre isso outras vezes, mas nessa sociedade tão
rápida e em que o que vale é estar sempre ocupado, nunca é demais lembrar que o
que importa mesmo na vida são as pessoas.
Todo mundo está tão preocupado em parecer
ocupado e demandado o tempo inteiro que esquecem de olhar o outro.
Sinceramente? Eu não acho que seja falta de tempo. É tudo questão do que
priorizamos e do que não nos importa tanto. Não sou dessas que fala que se uma
pessoa não te procura ou não tem tempo pra você significa que ela não se
importa com você. Não necessariamente. Pode até ser que se importe. Mas se a
moda do momento é estar sempre com a agenda cheia, muita gente se inclina a
isso como se fosse o certo a fazer. Essas pessoas podem não ter se esquecido só
de você. Muitas vezes elas também se esqueceram de si mesmas.
Sabem, carreira é importante, ser bem
sucedido, construir a vida que se deseja. Mas o que importa de verdade na vida
não é nada disso. Quando você morrer ou estiver quase morrendo, nada disso vai
ser relevante. É por isso que
disse diversas vezes e repito: o que importa na vida são as pessoas, são as
relações que construímos com o outro.
Acredito que cada um de nós está no mundo
para ser feliz. Não acredito que a felicidade não seja deste mundo. Acredito
que ela é. Mas o problema é que a maioria busca nos lugares errados: busca nas coisas, no ter. Quando na verdade a felicidade estar em ser:
está dentro de cada um. E não nos esqueçamos que o outro deve estar dentro da
gente. É por isso que além de dentro de nós, ela está no outro: em amar o
outro, em construir relações felizes em todos os âmbitos.
O mundo é um lugar incrível! Quando você
interioriza isso em cada cantinho é possível encontrar felicidade. Em cada
pequeno ser da natureza, porque o outro não é só o humano. Tudo o que existe na
natureza é de uma beleza e perfeição indescritíveis. Talvez se olharmos mais
para isso, se deixarmos a falta de tempo de lado e nos tornarmos pessoas
observadoras e que se importam com o outro (no sentido mais amplo possível),
possamos ser cada dia mais felizes - e sem nos importarmos tanto com as coisas
materiais (lógico que existe um "mínimo existencial", mas qualquer
coisa além disso é um tanto desnecessária - taí um assunto pra outro
post).