domingo, 25 de março de 2012

Catarse II: À Flor da Pele

Estou chocada. Não tenho palavras. As pessoas andam tão à flor da pele que qualquer coisa é motivo para discussões e indiretas infantis. Quando vejo uma coisa dessas, a minha vontade é de ir embora e não voltar mais. Esse planeta já nos machuca tanto por ele mesmo que a gente não precisa submeter outras pessoas a mais desgastes e sofrimentos desnecessários. Ninguém tem culpa das nossas fragilidades e dos nossos problemas com o resto do mundo. Ao menos não diretamente. 

Isso me lembra uma série que assisto: Lost Girl. Recentemente, eles estão lutando contra um ser que se alimenta da discórdia no mundo Fae (digamos que seriam mutantes). Quando ele está por perto, todos ficam irritados por qualquer coisa e parecem odiar uns aos outros. As vezes parece mesmo que um ser desses paira sobre nosso mundo. 2012 feelings? 

Eu, honestamente, não consigo entender a necessidade das pessoas de provarem que seu ponto de vista é o certo. Me desculpem, mas eu não acredito nas coisas desse jeito. Eu acho, sim, que existe o que é certo e o que é errado. Mas também acredito que nem tudo é assim. Algumas coisas são apenas questão de opinião. E, como dizem, "gosto não se discute". É por isso que em alguns momentos eu me reservo o direito de ficar calada e não opinar sobre certas coisas (mesmo que eu tenha uma forte opinião formada). Não me interessa impor nada a ninguém. Mas parece que pra algumas pessoas, é isso que importa. 

O mais triste é que quando querem provar alguma coisa, as pessoas costumam perder toda e qualquer noção de civilidade. Só pensam em si mesmas e no que acreditam. Com isso, acham que têm o direito de falar qualquer coisa que venha a mente, sem sequer cogitar a possibilidade de poder magoar outras pessoas em vão, por nada. 

É, o mundo está cada vez mais deprimente. Sobre a humanidade... bom, dessa eu nem comento mais. 

segunda-feira, 12 de março de 2012

Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres

Clarice Lispector, aquela linda. Sabia captar a sensibilidade humana, especialmente feminina, de uma forma que poucas pessoas conseguem fazer. Vai aí um trecho desse livro maravilhoso que comecei a reler hoje:

"Mais uma vez, nas suas hesitações confusas, o que a tranquilizou foi o que tantas vezes lhe servia de sereno apoio: é que tudo o que existia, existia com uma precisão absoluta e no fundo o que ela terminasse por fazer ou não fazer não escaparia dessa precisão; aquilo que fosse do tamanho da cabeça de um alfinete, não transbordava nenhuma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete: tudo que existia era de uma grande perfeição. Só que a maioria do que existia com tal perfeição era, tecnicamente, invisível: a verdade, clara e exata em si própria, já vinha vaga e quase insensível á mulher."

Isso me lembrou de um filme lindo:

domingo, 11 de março de 2012

Catarse

Eu só quero respirar do meu jeito. Ser quem eu quiser ser independente do que isso significar para os outros. É muito fácil apontar. É muito fácil julgar. O que não é fácil, é saber a hora de parar. E eu, honestamente, cansei de ser alvo. Era por isso que eu não queria falar. É por isso que eu não deveria falar mais. Acho que a única coisa que eu gostaria de mudar em mim é essa mania de falar tudo pra todo mundo. Acho que as coisas seriam bem mais fáceis. E isso é incrível. Todo mundo tá sempre tão insatisfeito consigo e com os outros. Eu não, comigo eu to ótima (só minha boca que realmente me incomoda). E com os outros? Bom, cada dia estou lidando melhor com eles. Acho que só o que falta é uma certa distância segura pra tudo ficar perfeito. Sabe aquele ditado (sei lá se é ditado mesmo) "se melhorar, estraga"? Concordo com ele não. Acho que sempre pode melhorar. Podemos sempre melhorar a nós mesmos e a forma como vemos nossas relações. E não, eu não quero cautela agora. Já fui cautelosa desde sempre. Agora eu quero me entregar. Quebrar a cara faz parte da vida. Eu sempre evitei correr riscos. Agora, o que eu quero, é justamente isso: me arriscar! Isso tudo pode parecer contradição. Mas não é. São coisas diferentes. Pontos diferentes da minha vida. E ainda se fosse contradição, valeria a pena, porque não tem graça nenhuma ser sempre a mesma. =)