terça-feira, 28 de maio de 2013

Trabalhar 8h por dia?

De uns tempos pra cá venho questionando a necessidade de se trabalhar demais, de se ganhar muito bem e comprar coisas apenas para satisfazer uma necessidade criada por meio de um marketing bem feito. Esse american way of life está bem longe de ser o que eu quero pra mim. Sempre esteve. Depois do minimalismo então... mais ainda. 

Mais do que dinheiro, bom mesmo é ter tempo pra fazer o que realmente vale à pena nessa vida, que é estar com pessoas amadas. E para isso pode-se gastar bem pouco. É por isso que não quero me render a essa vida projetada por outros para atender ao sistema. Eu quero ser feliz antes de qualquer coisa. E isso inclui não ser fissurado por um trabalho que toma todo o meu tempo (independente de se trabalhar ou não no que se gosta, é preciso não esquecer que a Vida vai muito além disso).

Eu quero meu amor, meus amigos, minha família. Quero meus hobbies, quero cuidar de mim e quero não ser uma louca que prega por aí que "tempo é dinheiro". Tempo é muito mais do que isso. Tempo é o que temos agora. E ele passa rápido. Como passa... 

Daí vem a tal da Lei de Parkinson nos dizer que quanto mais tempo temos para fazer uma coisa, mais tempo demoraremos para fazê-la. É a famosa arte de enrolar que praticamente todos nós dominamos. A contrario sensu, se temos pouco tempo, daremos um jeito de fazer aquilo naquele tempo e, acrescento ainda, que normalmente fica mais bem feito, porque precisamos fazer com mais atenção, já que não teremos como corrigir ou refazer depois. Eu sou um exemplo vivo de quem faz melhor quando tem menos tempo.

Alguns trechos para refletir:

"As grandes empresas não ganharam seus milhões promovendo honestamente as qualidades dos seus produtos, elas ganharam ao criar uma cultura de centenas de milhões de pessoas que compram bem mais do que precisam e tentam afastar insatisfação com dinheiro.
 (...)
 Pessoas saudáveis e felizes não sentem que precisam de muita coisa que já não tenham, e isso significa que elas não compram um monte de porcarias, não precisam de tanto entretenimento e acabam não assistindo a tantos comerciais.
(...)
A não ser que você seja uma verdadeira anomalia, o seu estilo de vida foi previamente projetado".

Esses trechos são de um texto que me fez sentir nessecidade de escrever isso por aqui, porque tem é tempo que penso sobre isso... Vale à pena ler: O seu estilo de vida já foi projetado.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

"Quem ama cuida"

Foi o que a minha mãe me ensinou
E agradeço imensamente a ela

O estranho é algumas pessoas acharem
Que sou boa porque cuido de você
Pra mim nada é mais natural

Porque o amor não é só para horas boas
O amor não é um sentimento
Que surge e fica sem cultivo
É preciso cuidar do amor
E fazer com que ele cresça
E parte disso é cuidar de quem se ama

E eu te amo!
Por isso cuido de você.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O significado real do Direito em minha vida.


Quanto mais eu penso na faculdade de Direito, mais eu sinto que não é esse o caminho que quero seguir. Pelo menos não se for algo, digamos, tradicional. É um meio muito podre. Que me desculpem meus amigos que atuam ou vão atuar na área, mas eu não tenho estômago pra tanta hipocrisia. 

Quando falam que o Brasil é um país "sem lei", fico pensando no significado real disso. Vejo cada decisão esdrúxula sendo tomada por aí. Se você tem dinheiro, pode conseguir quase qualquer coisa que quiser. Isso me enoja. É juiz comprado, juiz que toma decisão com base em crenças pessoais... É uma bagunça.

Só pra citar um exemplo, essa semana soube de um caso de um energúmeno que disse que não ia conceder uma mandado de segurança para uma menina porque era contra o sistema de cotas. Meu filho, ninguém tá te perguntando a sua opinião não. Se tem a lei, você tem que aplicar. Ou então você tenta declarar a inconstitucionalidade dessa lei com base em argumentos jurídicos e não na sua opinião pessoal.

Essas coisas vão cansando. Nunca fui muito feliz com a faculdade e quanto mais o final se aproxima, mais eu sinto que o meu caminho não é bem por aí. Já me arrependi de ter continuado, de não ter parado enquanto ainda era tempo, mas essa fase passou. 

Não sinto mais arrependimento, porque hoje sei o quanto a faculdade de Direito foi e é importante para a minha formação enquanto cidadã e humana. O Direito foi capaz de abrir minha mente e me fazer enxergar certas coisas que do contrário não enxergaria. Provavelmente, hoje, eu estaria por aí emitindo opiniões tão superficiais e longe da realidade como muitos fazem. 

Uma das opiniões de senso comum que mais me incomodam é o que falam por aí sobre o Direito Penal brasileiro. Imagens e mais imagens nas redes sociais vomitando idiotice sobre o auxílio reclusão, gente defendendo redução da maioridade penal como solução para todos os problemas de criminalidade no país e por aí vai. 

Vale ressaltar, porém, que a minha sorte é que eu já tinha a mente aberta quando entrei, porque se a pessoa for babaca (na falta de uma palavra melhor, vai essa mesmo) ela vai piorar. E muito. E é por isso que a prepotência impera dentro do meio jurídico. Felizes são os momentos em que encontro pessoas íntegras e humildes.

Enfim, não sei porque escrever isso tudo... Talvez pra lembrar a mim mesma que algo de bom minha faculdade trouxe e traz para mim. Talvez para me convencer disso. Talvez simplesmente para colocar pra fora todas essas reflexões.

Por fim, isso me faz refletir sobre mais uma coisa: que opinar sobre determinadas questões pode ser muito mais complexo do que se imagina. Não se trata apenas de cuspir palavras. Portanto, outra coisa que o Direito me ensinou é a não sair por aí falando coisas sobre as quais não tenho um domínio mínimo. Parece que o senso comum, muitas vezes, está errado. E eu não quero propagar ignorância por aí.