quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Leveza, felicidade e esperança.


Tenho cada dia mais certeza da verdade contida nessa frase. E isso me traz uma leveza deliciosa. Essa certeza de que estou buscando o meu caminho independente do que qualquer pessoa pense disso. Estou feliz. Estou cheia de esperança. Acredito no poder que o Universo e todas as suas energias têm de fazer as coisas acontecerem. Alguns chamam isso de Fé em Deus. Eu não sinto necessidade de nomear. O importante mesmo é que estou bem. Acredito no meu potencial de fazer acontecer e acredito, também, que quando o propósito é bom, tudo conspira pra que dê certo. Leve, feliz, esperançosa, esse é meu estado de alma na atual fase da minha vida.

:)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Becoming Minimalist - The Beginning

Não me perguntem o porquê do título em inglês. Talvez seja influência por ter lido tantos textos e blogs sobre minimalismo em inglês (embora todos os que relacionei no Miscelânea sejam em português). Bom, vamos aos fatos: 

O Minimalismo surgiu há pouco mais de 20 dias em minha vida. Por meio de um depoimento pessoal que li no facebook me interessei e comecei a pesquisar sobre o assunto. E olha, tem MUITA coisa sobre isso na internet, muitos blogs, muitas pessoas que resolveram aderir a esse "estilo de vida" e compartilham suas experiências e acabam inspirando outras pessoas a seguir caminhos semelhantes. É incrível pensar que eu nunca tinha me deparado com isso. 

Para alguns talvez pareça precipitado começar a mudar tão rápido não tendo nem um mês que comecei a pesquisar sobre o assunto. E minha ideia inicial era transformar essa ideia em um dos objetivos principais de 2013. Porém, não preciso de data marcada pra começar a ser quem eu quero ser. Além disso, sou ansiosa. Quando descubro algo que faz meu coração bater mais forte, que me faz pensar que talvez essa coisa agregue valor à minha vida (no caso, me faça mais feliz) não tenho paciência pra esperar. Então nesse final de semana eu comecei. Comecei uma revolução. 

Sim, eu quero revolucionar a minha vida e a forma como enxergo a realidade. 2012 está sendo um ano de muitas mudanças internas e de muito aprendizado. Sinto que estou me reencontrando! E não apenas isso. Estou também encontrando a pessoa que quero ser. E vou me esforçar para sê-lo. E o Minimalismo talvez seja uma das grandes partes da pessoa que almejo ser. 

Bom, mas pra quem não faz ideia do que estou falando: "que porra é essa de Minimalismo?" Como não tenho a pretensão de definir algo a que "um sem número de pessoas" começou a aderir, preferi tirar uma breve (brevíssima!) definição de um texto que estou terminando de ler:

“Minimalism is about getting rid of the things in your life that don’t add value so you can focus on the things that do. Beyond that, it’s a person-by-person set of rules.” (http://wandrlymagazine.com/lifestyle/minimalism/)

Tradução livre minha (rs): "Minimalismo significa se livrar de coisas em sua vida que não agregam valor para que você possa se ​​concentrar nas coisas que o fazem. Mais do que isso seria apenas um conjunto de regras colocadas de pessoa para pessoa". (Não está literal. Tentei pegar mais o sentido da coisa juntando com tudo que li do que a literalidade da definição. Traduzir é difícil, gente! hahaha)

Acho que o Minimalismo é uma forma de enxergar a vida, de simplificar as coisas e de optar por não fazer parte de um consumismo desenfreado que leva as pessoas a cometerem loucuras. Sempre busquei enxergar felicidade nas coisas simples da vida e sempre me irritou essa gente que só pensa em dinheiro. Por isso acredito que de certa forma, mesmo antes de eu saber que existia, o Minimalismo já estava um pouco dentro de mim. Só precisava colocá-lo pra fora. E é isso que vou fazer.

Comecei pelo exterior. Fiz uma arrumação no meu quarto que nunca tinha feito igual. Comecei sexta-feira e só fui terminar no domingo. Demorou umas 15 horas. E a sensação no final foi de leveza. Leveza por ter me livrado de um guarda-roupas que há muito tempo já me envergonhava por ter tanta coisa diante de pessoas que não têm nada e leveza por ter me livrado de tantos materiais de uma faculdade que está longe de ser o meu sonho. Tudo está mais organizado e vazio. Ainda não tenho a pretensão de ter um guarda-roupa de 30 peças (http://www.everydayminimalist.com/?p=1500) - não tenho estrutura e nem as peças-chave que são necessárias pra isso. Mas me livrei de muita coisa. Até contabilizei tudo:

(peça / "coisa": antes / depois)


Roupas:

- vestidos: 15 / 11 
- blusas de manga comprida: 16 / 04
- blusas de manga 3/4: 08 / 05
- blusas de manga curta: 30 / 18
- blusas sem manga: 28/ 15 
- blusas tomara que caia: 02 / 02
- blusas de frio (lã): 09 / 05
- moletons: 04 / 03
- outros casacos e blusas de frio: 05 / 03
- "camisas": 04 / 03
- calças jeans: 06 / 04
- leggings: 07 / 05
- saias: 07 / 05
- shorts: 15 / 07
- calças de "ficar em casa" (vulgo "feias" hahahaha): 02 / 01
- camisolas: 08 / 05
- pijamas: 02 / 02
- boleros 02 / 02

- cachecois: 04 / 03
- meias-calça: 06 / 04
- tops: 03 / 01
- chapéu / boina: 02 / 02


Total: 185 / 110 (salvo erro de cálculo). Ainda tem coisa em excesso, mas já foi um avanço tremendo! Quase metade do meu guarda-roupa foi embora (não sem um comentário da minha mãe: "tem certeza que vai doar isso tudo?" " Tenho, mãe. Absoluta")


Bijouterias:
- colares: 17 / 09
- brincos: 35 / 18
- aneis: 05 / 04
- pulseiras: 09 / 04

Total: 66 / 35. Quase metade. Yay \o/


Make-up:

- pinceis: 08 / 04
- batons, brilhos, gloss: 12 / 07
- rímel: 04 / 02
- delineador: 01 / 01
- lápis: 01 / 01
- sombras: 08 / 04
- pó compacto: 01 / 00
- apontador: 01 / 01
- blush: 01 / 01
- paletas 03 / 02 (vale dizer que a maior paleta foi pra doação, as que ficaram são beeeem menores)

Total: 40 / 23 


Sapatos (nunca fui o tipo de mulher viciada em sapatos):

- botinhas: 02 / 02
- sapatilhas: 03 / 02
- All Star: 03 / 02
- sandálias de salto: 03 / 03
- rasteirinhas: 04 / 03
- chinelos: 02 / 02
- tênis: 01/ 01
- "sapatênis" (não sei definir esse tênis que não é tênis): 01 / 01
- botas: 03 / 02

Total: 22 / 18


Bolsas (também nunca tive esse vício): 08 / 05



Eu duvido que alguém leia esse post, porque tá ficando enorme. Mas ele serve também pra mim, pra eu guardar como foi o começo dessa transformação de mentalidade e de vida. 

Sei lá, acho que vale muito a pena se desapegar do que não agrega valor à nossa vida. Sejam coisas ou sentimentos. Isso é importante até mesmo para que possamos nos apegar ao que vale a pena, sejam pessoas, hobbies, sonhos. Enfim. To curtindo demais essa vibe. 

Ainda não descobri qual é o meu sonho maior. Mas já sei o que não quero. E sei aonde quero que meu sonho me leve, seja ele qual for. Estou buscando. Sempre.

:)

Imagens pra inspirar:


Materiais de faculdade e outros (antes)




Quase tudo pro lixo.



(Depois)



Guarda-roupa (antes):







 (Depois) 



 (Parece cheio como antes, mas é que blusas que estavam nas gavetas e na outra parte do armário passaram pra cá pra ficarem mais organizadas)




  
 O caos instalado:



Coisas pra doação mega desorganizadas:



Coisas para doação já bonitinhas para serem levadas:



Maior post de todos os tempos! hahaha


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sobre Amor, Insegurança e Tempo


É... eu sou insegura. Por detrás dessa máscara de auto-estima elevada, existe também uma criança que sente medo. Um medo absurdo de você ir embora e não me querer mais. Um medo de você simplesmente me esquecer e não se importar mais. Um medo de você encontrar alguém melhor do que eu.

É que eu gosto um tanto gigantesco de você e acho que o que temos juntos é muito raro. Você me faz querer ser uma pessoa melhor a cada dia pra que você e eu possamos nos orgulhar de mim. Saber que você existe e que é exatamente do jeito que é, me faz ter uma vontade enorme de SER sempre e SER mais. Obrigada por isso.

Eu sei que nada é pra sempre, mas acho que quando está bom, quando acrescenta coisas boas, deve continuar. E sinto que ainda temos muito pra crescer juntos. É por isso que tenho medo, porque está bom e me faz bem. Meu maior medo é que de repente só esteja bom pra mim... 

Enfim, o fato é que eu te amo e por isso tenho tanto medo. 

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Por que poetar?


Porque poesia é amor
É transcendência
É paixão
É extravasar sentimentos

Poesia é vida!


É mostrar a outrem

Quão grande é sua importância
Para um outro alguém
É mostrar a nós mesmos
Que viver não é tão difícil


Poetar é sentir

Sentir que o mundo pode ser mais belo
Se feito de versos
Sentir que o ser humano
Ainda tem jeito (será?)


Que seria de mim sem poesia?

Haveria um vazio
Algo indescritível
Que nem o mais belo conto de amor
Poderia curar


Poetar é lutar por um ideal

É dar liberdade às palavras
Que insistem em sair
Porque poesia existe apenas,
O poeta é o instrumento das palavras


Palavras, palavras

Poetar
Poesia
Carlos Drummond de Andrade
Mario Quintana
E tantos outros


Poetar é sentir-se livre

É sentir-se vivo
É saber fazer da vida
Estrofes e mais estrofes
De uma bela canção
Ouvida ao longe
É sonhar
É imaginar e acreditar


Poetar enfim,

É VIVER!



Caramba...nem acredito que encontrei essa poesia! Escrevi em 2008 e tava falando dela outro dia mesmo. Muito feliz de tê-la encontrado! \o/

sábado, 6 de outubro de 2012

Eu sei, mas não devia.


"Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender ...mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.


A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma".


(Marina Colasanti)