terça-feira, 24 de abril de 2012

Finding myself


Pela primeira vez na vida, sinto que vou encontrar meu lugar no mundo. Ao mesmo tempo que é ruim perceber que este não é o lugar em que estou e nem o que me será possível estar daqui a alguns anos, é bom perceber que não terminou. Que ainda há esperança para mim. Desejo encontrar algo que me faça respirar ofegante, que mexa com a minha estrutura e faça surgir a paixão. Quero me apaixonar pela possibilidade de fazer algo. Creio que só assim terei forças para perseguir esse algo. 

Certamente essa sensação de epifania, de me encontrar sem ter de fato me encontrado, não teria acontecido se eu não estivesse aqui e agora. Vivendo o exato momento que estou vivendo. Depois de ter estudado três anos de uma faculdade que nunca me despertou amor nem ódio. Não morro de amores, não morro de ódios, é tudo morno. E sinto que esse morno não vai me satisfazer ao longo da vida. Encontrarei. Sim. Encontrarei o que realmente o futuro me reserva. 

Por hora, só o que quero é ter força. Força pra ir até o final, força pra encontrar o que realmente vai mexer comigo. Enfim, força pra viver cada momento mesmo sabendo não ser O momento. E essa força eu sei que tenho dentro de mim. 

Eu hei de descobrir o que me fará genuinamente feliz!

domingo, 8 de abril de 2012

C. Lispector

"Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência de existir demorasse mais de alguns segundos, nós enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama "eu existo", a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista" (Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres)

Sim, esse é o meu livro favorito no mundo inteiro. 

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Conseguiu perder-se de si e entregar-se ao mundo


E de repente tudo começou a fazer sentido

A vida que levava era sufocante
Deixou os medos de lado e decidiu
Decidiu que viveria
Independente do que isso custasse

Se sofreria depois?
Pouco importava.

Aprendeu, finalmente, que não é possível fugir
Que mais vale viver e sofrer
Do que viver sem sofrer e, no fundo,
Nunca sentir na pele a sensação de estar viva

É pra isso que estamos aqui afinal
Existir já não era suficiente.
Almejava sentir.
Sentir tudo aquilo de que se privara.

Quando se olhava no espelho, 
Já não era mais a mesma
Em certos momentos,
Nem ao menos se reconhecia
Mas sabia que aquele era seu verdadeiro Eu
Por mais estranho que lhe parecesse

Proteger-se já não era mais sua intenção
Queria apenas conhecer tudo aquilo de que fugira 
E viver, 
Viver intensa e desesperadamente!

A mudança talvez tenha vindo no momento em que percebeu:
"Felicidade é questão de escolha
Não importa o que aconteça
Eu vou ser feliz"

Foi assim que conseguiu encontrar-se a si mesma
Foi assim que finalmente entendeu
E conseguiu perder-se de si
E entregar-se ao mundo